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Reino Unido equaciona realizar ataques aéreos para deter Huthis no Mar Vermelho

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O Reino Unido está a equacionar realizar ataques aéreos contra os rebeldes Huthi no Mar Vermelho, depois dos Estados Unidos da América (EUA) terem afundado três embarcações que atacaram um navio mercante naquela zona no domingo.

O ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, afirmou que o seu governo não vai hesitar em tomar "ações diretas" para evitar novos ataques.

A posição do Reino Unido surge numa altura em que surgem informações de que britânicos e norte-americanos estariam a preparar uma ação conjunta para emitir um aviso final ao grupo iemenita, de acordo com a agência de notícias alemã DPA.

Em declarações ao jornal britânico 'The Telegraph', Shapps afirmou que o Reino Unido "não hesitará em tomar novas medidas para dissuadir as ameaças à liberdade de navegação no Mar Vermelho".

"Os Huthis não devem ser mal compreendidos -- estamos empenhados em responsabilizar os malfeitores pelas apreensões e ataques ilegais", disse o governante.

A marinha norte-americana afundou três embarcações pertencentes aos rebeldes Huthi do Iémen, que tinham atacado um navio porta-contentores dinamarquês no Mar Vermelho.

Duas fontes do porto iemenita de Hodeida, controlado pelos Huthis, disseram que dez rebeldes Huthis foram mortos no bombardeamento.

Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, após o sangrento ataque do movimento islamita palestiniano em território israelita a 07 de outubro, os Huthis intensificaram os seus ataques no Mar Vermelho contra navios que consideram "ligados a Israel", em solidariedade com o território palestiniano bombardeado e sitiado pelo exército israelita.

O Maersk Hangzhou, um navio porta-contentores com bandeira de Singapura, pertencente à transportadora dinamarquesa Maersk, foi vítima da "23.ª tentativa de ataque dos Huthis contra navios internacionais desde 19 de outubro", afirmou o Centcom.

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel e, juntamente com outros países, patrulham o Mar Vermelho, uma zona estratégica do globo, no âmbito de uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos Huthis.