"Aproveito a oportunidade para informar que desta vez, o meu voto não é seguramente para o JPP – Juntos pelo Povo". Mais claro, impossível. A declaração foi esta tarde proferida pelo vereador eleito à Câmara Municipal de Santa Cruz pelo JPP que continua a lançar intensas farpas políticas aos seus colega de partido.

Miguel Alves usou a sua página do facebook para dar conta da sua decisão e voltar atacar o "actual grupinho parlamentar" do seu partido, conforme designa num tom menos simpático para com os correligionários.

A rede social é veículo para informar igualmente que pediu a sua desfiliação, "pela simples razão de este partido se ter tornado mais um igual a todos os outros, infelizmente", expressou, despedindo-se com uma nota de rodapé, uma espécie de fim de linha - Post Scriptum - rematando com a seguinte frase: "Miguel Alves, ex-militante do JPP e sem ambições políticas, 22 de Setembro de 2023".

Mas antes diz não ter dúvidas que o tal "grupinho de deputados se organizou pela calada da noite para tramar aquele que colocou na senda regional partidária o nome JPP versus deputados e autarcas".

Num discurso duro que segue uma linha das últimas semanas, denúncia aquilo que chama de "agonia" e "medo" de perderem o poder que terá ido ao ponto de ainda não terem sido eleitos deputados à próxima Assembleia Legislativa Regional da Madeira, "e já lhes preocupa quem seria o próximo candidato às Autárquicas que estão previstas para fins de 2025 e que curiosamente já tinham decidido a escolha dos dois primeiros. Vejam a que ponto este JPP chegou… "

O grupo parlamentar do JPP é constituído por Élvio Sousa, Rafael Nunes e Paulo Alves, e a polémica alastrou ao JPP logo depois de ser tornado pública a lista de candidatos às eleições regionais. Filipe Sousa até então líder do JPP, não gostou de saber que o seu nome fora indicado para 5 da lista muito menos quem apoio o presidente do município de Santa Cruz