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Regionais 2023 Madeira

ADN busca votos daqueles que defendem os mesmos ideais

Conheça o balanço da campanha protagonizada pelo cabeça-de.-lista, Miguel Pita

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Foto: Miguel Espada/ASPRESS

O Alternativa Democrática Nacional apresentou-se nesta campanha com um orçamento reduzido e acções discretas. A maior visibilidade foi mesmo dada pela queixa apresentada contra o Chega, com o intuito de impugnar a participação nas eleições legislativas regionais.

O ADN garantia que iria lutar "pela preservação do Estado de Direito Democrático e a defesa intransigente do escrupuloso cumprimento da Constituição da República Portuguesa", posição que surge reforçada pelo Acórdão do Tribunal Constitucional que anulou a última Convenção do Chega e dos seus respectivos órgãos em funções”. O partido não tinha dúvidas da ilegalidade da lista apresentada pelo Chega.

ADN garante que vai impugnar lista do Chega

Das 13 candidaturas, a de Miguel Pita é a primeira a avançar com o processo

No entanto, não foi isso que decidiu o Tribunal Judicial da Comarca da Madeira que, em Agosto, confirmou mesmo que a candidatura podia avançar. Apresentado o recurso, a decisão manteve-se, através do Tribunal Constitucional, já em Setembro.

Passada esta quezília, o ADN focou-se mais na sua campanha, apresentado algumas das suas propostas, tentando abordar temas que não eram tão debatidos pelos outros partidos. Isso mesmo assumiu ao DIÁRIO, numa acção de campanha junto à Universidade da Madeira. Miguel Pita, o cabeça-de-lista, assumiu querer manter-se longe dos populismos, pelo que apostou em temas diferentes.

Aquele que mais reacções terá provocado nas redes sociais foi a defesa do alargamento da ADSE para todos os trabalhadores, públicos ou privados. Não tardaram a surgir comentários a contestar a proposta, indicando que a mesma não poderia ser colocada em prática. No entanto, o candidato assume que todas as medidas apresentadas tiveram por base cálculos que indicam que as mesmas são exequíveis.

a única forma de salvar a ADSE de uma insolvência futura será alargar o acesso a todos os trabalhadores, públicos ou privados Miguel Pita, cabeça-de-lista do ADN

Outro tema menos debatido, mas que foi alvo de uma acção por parte do ADN é a defesa do dinheiro físico. Jorge Luz, um dos integrantes da lista, ressalvou a importância de se garantir que os estabelecimentos comerciais continuem a permitir que se realize o pagamento com dinheiro físico. Esta declaração surge no seguimento de notícias que dão conta de que, no continente, alguns estabelecimentos apenas estão a aceitar pagamentos com cartão multibanco ou outros métodos electrónicos como o MB Way.

ADN sai em defesa do 'dinheiro físico'

O partido ADN considera "urgente legislar no sentido de proteger o dinheiro físico (notas e moedas), pois é a única forma de inclusão financeira para todos aqueles que não utilizam ou não querem utilizar obrigatoriamente os serviços bancários".

A campanha termina com a presença do líder do partido na Região. Bruno Fialho viajou até à Madeira para acompanhar os últimos dias desta jornada, que termina com um jantar de confraternização. Ainda ontem defendeu que a ligação marítima entre a Madeira e o Porto Santo deve partir do porto do Caniçal, ao invés do Porto do Funchal. A argumentação é de que, assim, assistimos ao encurtamento do tempo de viagem, sendo que existem mais possibilidades de estacionamento, dando ainda oportunidade para que outros cruzeiros possam utilizar o lugar no porto funchalense.

Bruno Fialho vem à Madeira participar nos últimos dias de campanha do ADN

O ADN defende "a deslocalização do cais de embarque/desembarque do navio que efectua a travessia de ida e volta do Porto Santo para o porto do Caniçal". Nesse sentido, irá realizar, amanhã, uma acção de campanha no porto do Caniçal, onde irá contar com a presença do presidente do partido ADN, Bruno Fialho, que chega amanhã à ilha. 

As restantes acções de campanha decorreram de forma discreta. Com uma média de uma dezena de participantes em cada uma, o que o partido pretendia era mostrar os seus ideais, partilhando-os com o eleitorado. Um dos temas menos consensuais estava relacionado com a pandemia, assunto que o partido afirma não negar, mas assume não concordar com a forma como foi gerido, muito menos com as medidas restritivas que foram implementadas.

A dádiva de sangue

Foi recorrendo ao seu próprio exemplo que o ADN apelou à dádiva de sangue. Miguel Pita realizou a sua 91.ª dádiva de sangue e foi acompanhado pelos seus companheiros de partido. Desta forma, a imagem que acaba por marcar a campanha é a do candidato a doar sangue, apelando para que todos os outros candidatos também o façam.