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"Milhões dos produtores de banana enterrados em museus, sites e viagens", acusa JPP

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O líder do JPP e cabeça de lista à eleições de 24 de setembro, Élvio Sousa, em conferência de imprensa esta manhã, aludiu à gestão da empresa pública GESBA.

 “O JPP tem vindo a defender com justiça os produtores de banana, procurando apresentar propostas que possam melhorar o rendimento das famílias que vivem da agricultura, e que hoje em dia recebem muito menos do fruto do seu trabalho do que há 15 anos”, referiu o candidato, em nota de imprensa enviada às redacções.

“Além do PSD/CDS chumbar todas as propostas do JPP e afirmar que os agricultores nunca foram tão bem pagos, que é uma tremenda mentira, o JPP tem vindo a tornar público o relatório de contas da GESBA e as facturas dos produtores. E as facturas actuais não mentem, e mostram que em 2006 os produtores de banana recebiam pela banana de categoria extra, 60 cêntimos, enquanto numa factura do mês de julho de 2023, pela mesma categoria de banana, recebem apenas 35 cêntimos”.

Para o JPP, isto “é escravatura!”. “Vemos a GESBA, qual senhoria, a continuar a explorar os colonos produtores de banana, e os agricultores, nesta conjuntura difícil, com a corda ao pescoço.”

E acrescentou, mostrando à comunicação os elementos que constam do Relatório de Gestão da GESBA, disponível no portal da transparência do JPP:

“O mais grave é quando vemos as contas e assistimos a uma gestão danosa da GESBA, uma autêntica manjedoura para meia dúzia de gerentes e afins, que enterra os milhões da venda da banana dos produtores em museus, sites, viagens e estadias. O que dizer de uma gestão principesca para uma corte de alguns, quando a GESBA usou o dinheiro da banana dos agricultores para gastar 3,4 milhões no Museu da Banana no Lugar de Baixo (Centro de Bananicultura); mais de 90 mil euros num site e 725 mil euros num único advogado”. Élvio Sousa

“E para que o esbanjamento seja conhecido e divulgado, as despesas de deslocações e estadias da GESBA aumentaram 146% e as despesas de representação mais de 1046%, tudo à custa do suor do trabalho do agricultor que vê o seu rendimento cada vez menor“, concluiu.