Em resposta às vozes mais críticas que acusam as Casas do Povo de se tentarem substituir às competências das Juntas de Freguesia, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, garantiu desconhecer qualquer "incompatibilidade" nos trabalhos realizados pelas duas entidades.

"Eu não conheço nenhuma situação de incompatibilidade entre o trabalho das Casas do Povo e o trabalho das Juntas de Freguesia", frisou, acrescentando que as Casas do Povo "actuam como sempre actuaram em áreas complementares" às das Juntas.

Na sessão de abertura do Arraial das Casas do Povo, que decorre na Praça da Povo, o governante enalteceu também todo o trabalho desenvolvido por esta entidade que se encontra espalhada por todos os concelhos da Região.

"Têm tido um papel cada vez mais importante no apoio à população, na promoção à cultura, nas actividades de convívio, no apoio aos mais idosos e agora com os programas de apoio social, relativamente às famílias mais vulneráveis", frisou, referindo ainda que actualmente já não são vistas como "institituições eminentemente rurais", mas sim como "instituições de proximidade com grande impacto junto das populações locais".

Como tal, Miguel Albuquerque considera que o Arraial é um exemplo perfeito "daquilo que têm sido conseguido" com as Casas do Povo. 

A terceira edição do evento organizado pela ACAPORAMA e ADRAMA, com o apoio do Governo Regional, conta com a participação de 35 casas do povo de todos os concelhos da Região, incluindo Porto Santo.

Para além de recriar o ambiente do arraial madeirense, integrando a gastronomia, o artesanato e o folclore, o evento pretende divulgar as actividades e as intervenções na área social desenvolvidas pelas Casas do Povo.