Madeira

"Apenas os fracos fazem política rasgando cartazes", afirma o CHEGA Madeira

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Foto CHEGA Madeira

No total e integral cumprimento dos seus direitos partidários e na sequência do seu desejo de transmitir à população da Região Autónoma da Madeira a sua mensagem reformista, o CHEGA-Madeira procedeu à fixação de cartazes em determinados pontos da cidade do Funchal, informou hoje o partido, em nota de imprensa, sendo esta uma iniciativa integrada na primeira fase da pré-campanha do partido, a qual terá continuidade numa segunda fase, que será fundamentada em mensagens ainda mais específicas e relacionadas com as propostas que compõem o programa eleitoral que o CHEGA-Madeira irá apresentar atempadamente à população. "No entanto, pouco tempo depois da sua fixação, os cartazes do CHEGA-Madeira foram vandalizados, estando o caso a ser averiguado pelas autoridades competentes", lamentou o partido.

Segundo Miguel Castro, líder do CHEGA-Madeira, a vandalização dos cartazes do partido levanta dúvidas sobre o estado e a saúde da Democracia na Madeira. “A premissa fundamental de qualquer sociedade que se diz democrática é a convivência salutar das diferenças políticas, isto é, podemos não concordar com as ideias uns dos outros, mas defendemos, sem hesitação, o direito que cada um tem de expressá-las. Acima da minha opinião, seja ela qual for, está a liberdade de expressão, pois, sem ela, seremos meros prisioneiros da opressão e da censura, que são duas das piores formas de violência que podem ser exercidas sobre qualquer ser humano.”

Porém, na sua perspetiva, o vandalismo de que o partido foi alvo, quando apenas estava a exercer o seu direito de informar a população, é revelador de um défice de democracia que, há muito, condiciona ferozmente a vida política da Região Autónoma. Aliás, para Miguel Castro, “Sabemos que o que fizeram aos nossos cartazes não é um caso isolado, mas sim uma atitude recorrente de pessoas que se chamam ‘democratas’, mas que, décadas após a queda da ditadura, continuam sem saber respeitar aqueles que pensam de forma diferente. O que fizeram ao CHEGA-Madeira já fizeram a muitos outros partidos e o que tem de ficar muito claro é que nós nos opomos contra tais expressões de autoritarismo e soberba, seja ela feita contra nós ou contra qualquer outra organização política. Violência é violência, vandalismo é vandalismo e tais atitudes recebem de nós total e inquestionável repúdio.”

Ainda sobre este assunto, Miguel Castro apela a que estes e outros incidentes que têm marcado a história política da Região, especialmente em épocas de campanha e pré-campanha, estimulem os madeirenses e portosantenses e refletir sobre o tipo de Democracia que está enraizada na Madeira e as consequências que de tal advêm para o futuro da Região. “É claro e evidente que existe um défice democrático na Madeira e que há interesse, da parte de quem nos anda a governar há mais de quatro décadas, em manter viva esta ideia completamente errada de que a ação política é um jogo de guerrilhas, sem regras nem respeito. A política só é positiva e só faz sentido quando é feita com elevação e com respeito pelo outro, independentemente de partidos. Mais do que ideologias, o que mais importa são as pessoas e ajudar a Madeira e Porto Santo a ultrapassar os muitos problemas que enfrentam. Só os fracos e os ignorantes pensam que fazer política passa por rasgar cartazes e ofender os outros, pois nem consideram o péssimo exemplo que dão aos cidadãos e às gerações futuras, que, por causa de atitudes como estas, se sentem cada vez mais distantes de certa classe política.”