O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz questiona, na habitual rubrica 'Ponto de Ordem', como pode "uma social democracia, por exemplo, conviver bem com as sucessivas falhas de um sector tão importante como a saúde". Nesse texto, Filipe Sousa critica a postura da deputada do PSD, Conceição Pereira - embora sem referir nomes - em relação às críticas às ajudas dadas ao munícipes.

O autarca eleito pelo JPP recorda que, além das listas de espera, esta semana soube-se da falta de um medicamento para tratamento do cancro na farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, algo que considera muito grave. "Que justiça e que política exercem aqueles que, de forma irresponsável e leviana, deixam que isto aconteça sem se importarem com o sofrimento e o desespero de doentes e famílias", questiona.

Filipe Sousa afirma que, com os "parcos recursos" da autarquia, tem sido feito o possível para ajudar os munícipes a custear pequenas cirurgias e exames complementares de diagnóstico.

"Por isso, esta semana, e recorrendo ao nosso Fundo Social de Emergência, disponibilizamos ajuda a quem se viu privado de medicamentos que podem ser adquiridos nas farmácias comunitárias", indica, apesar de admitir estar "à espera de retaliações e ameaças".

"As mesmas que têm ocorrido por parte daqueles representantes da tal social democracia que convive bem com a desgraça alheia. Sim, esses ditos representantes do povo, como a médica e deputada do PSD que além de criticar, sempre que pode, as ajudas que damos para tirar os nossos munícipes da lista de espera do SESARAM, ainda ameaça com processos judiciais quem quer fazer o que este Governo não faz, nem resolve", assume.

Termina indicando que "seria tão fácil agir de forma correcta, bastaria que às palavras bonitas que enchem estatutos, programas e ideologias se fizessem corresponder as respetivas acções".