O secretário-geral da NATO declarou hoje que a sua prioridade é uma vitória militar ucraniana sobre a Rússia e que a questão da adesão da Ucrânia à Aliança será debatida em julho, na cimeira da organização.

"O futuro da Ucrânia está na família euro-atlântica, o futuro da Ucrânia está na NATO. Ao mesmo tempo, o principal objetivo da Aliança, dos aliados, é garantir que a Ucrânia vença" a guerra contra a Rússia, afirmou Jens Stoltenberg ao lado do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev.

O norueguês acrescentou que o assunto estará em discussão na próxima cimeira da Aliança Atlântica, que se realiza nos dias 11 e 12 de julho na capital da Lituânia, Vilnius.

Na sua primeira visita a Kiev desde a invasão russa há 14 meses, Stoltenberg declarou que não é possível prever quando vai acontecer o fim da guerra, mas prometeu que a NATO manterá o apoio à Ucrânia "o tempo o que for necessário".

"A NATO está com a Ucrânia. Estivemos ao vosso lado na anexação ilegal da Crimeia por parte da Rússia em 2014 e estamos ao vosso lado hoje, na vossa heroica luta contra invasores russos e em defesa do vosso país", sublinhou.

O secretário-geral da NATO lembrou que os aliados já enviaram mais de 150 mil milhões de euros em ajuda, dos quais 65 milhões em assistência militar.

"Continuaremos ao vosso lado amanhã, enquanto reconstroem e trabalham por um futuro melhor para o povo ucraniano", acrescentou.

Neste sentido, defendeu os planos de investimentos na modernização das forças ucranianas com o objetivo de se aproximarem dos padrões estabelecido pela NATO, um ponto que facilitará a adesão do país à organização.

Em relação ao processo de paz, Stoltenberg destacou o plano ucraniano desenhado por Zelensky como forma de trazer uma paz "justa e sustentável", depois de enfatizar que a agressão russa é "um padrão tóxico" que deve ter um fim.