Madeira

Ilhapeixe ambiciona crescer 30% o volume de peixe produzido em aquacultura

Em 2022 a empresa facturou 26,5 milhões de euros

None

Aumentar e diversificar a produção de peixe em aquacultura é a grande aposta da empresa Ilhapeixe para os próximos anos.

Com um “volume de facturação de 26,5 milhões de euros” em 2022, a empresa criada há 30 anos quer “continuar a crescer”, nomeadamente na aquacultura, onde já produz anualmente cerca de 1.000 toneladas de peixe nas 28 jaulas flutuantes (8 na Baía d’Abra, no Caniçal; 20 na zona do Campanário). A expectativa para os próximos anos é aumentar o número de jaulas, alargar a produção a outras duas espécies, além da Dourada, perspectivando atingir uma produção anual até as 2.500 toneladas, o que implica aumentar em 30 % a capacidade instalada para chegar aos 50 % a produção de peixe em ‘cativeiro’, comparativamente ao peixe selavagem. Dados revelados esta manhã pelo empresário José Ornelas, por ocasião da visita à empresa localizada na zona do Porto Novo, do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que se fez acompanhar dos secretários da Economia, Rui Barreto, e do Mar e Pescas, Teófilo Cunha.

No início da actividade, em 1996, a Ilhapeixe foi a primeira indústria a operar na transformação do peixe-espada preto (posta e filete). Actualmente apresenta no catálogo várias espécies de peixes e mariscos. Destaque para o atum e as lapas e a dourada, produto proveniente da aquacultura madeirense, pertencente a outra empresa do grupo empresarial.

O empresário não tem dúvidas que “um dia a aquacultura ultrapassará o peixe ‘selvagem’”, e pese embora a “normal” contestação de alguns sectores, diz que “o caminho é para a frente”, deixando claro a vontade em expandir a produção em cativeiro.

Determinado, promete continuar a fazer “todos os dias o melhor”, convicto que “os obstáculos é para se ultrapassar”.

Mais de metade do peixe comercializado, sendo que 80 % é peixe transformado, é para exportação, tendo como destino, diversos países da Europa, além de Portugal, e também para os EUA. A aquacultura já “representa uns 20 % no volume de negócio da empresa”, mas a intenção é elevar até aos 50 %.

A empresa especializada na transformação e comercialização de pescado, fresco ou congelado, assim como a aquacultura, no conjunto, asseguram 106 postos de trabalho.