A ordem de trabalhos da Assembleia Geral Extraordinária do Nacional é provavelmente a mais importante desde a fundação do clube. Trata-se de autorizar a alienação do património e dos destinos do Clube. Não é um mero ato de aprovar contas. É a vida, a alma e a história do clube que estão em jogo. Inevitavelmente os caminhos que levaram a este triste momento do Nacional estão obviamente ligados a esta Direção. Plantel mal constituído nos últimos anos e insistência em treinadores amigos e incompetentes, estão na base do insucesso e na angústia da morte anunciada. Agora com pouco apoio do governo (que não se importa com a inexistência do futebol como promoção do destino) não resta outra alternativa senão alguém credível que queira investir no clube. Mas que seja credível e não apenas mais um sonhador como o nosso presidente que se julga amado !!! pelos sócios e que teima em resolver as coisas discretamente. Marcou uma Assembleia geral em época de férias da Páscoa e numa sala exígua. Devia ser ao contrário. Numa data com maior disponibilidade dos sócios e num salão no Estádio com apelo à comparência dos "donos" do Nacional. Para conforto da Direção só uma assembleia geral bem composta pode legitimar uma decisão tão drástica. Só dessa forma e com o conhecimento pormenorizado de toda esta operação por parte dos sócios, a Direção pode partir confortavelmente para colocar o clube na praça. A Assembleia deve ser adiada. Senhor Presidente não queira ser o único responsável para o bem ou para o mal do futuro do Clube. Suporte a sua decisão com o aval alargado dos sócios.

J. F.