País

Marcelo considera que não "é previsível" que China forneça armas à Rússia

None
Foto Lusa

O Presidente da República considerou hoje não ser previsível que a China venha a fornecer armas à Rússia e anunciou que vai receber o presidente do executivo da região especial de Macau nas próximas semanas.

Numa conferência de imprensa conjunta no Palácio de Belém, em Lisboa, com a Presidente da Hungria, Katalin Novák - que se encontra numa visita de Estado a Portugal -, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado se um eventual apoio militar da China à Rússia poderia afetar as relações entre Lisboa e Pequim.

"O que eu posso dizer sobre isso, em termos de bom senso, é que, conhecendo o espírito chinês, penso que me parece sensato afirmar que uma coisa é haver alianças antigas entre Estados - neste caso, entre a República Popular da China e a Federação Russa -, outra coisa é a República Popular da China ir para além daquilo que tem sido a posição que tem tomado ao longo deste ano", respondeu o Presidente da República.

O chefe de Estado recordou que a posição da China sobre a guerra na Ucrânia "não é a posição obviamente de Portugal, nem da União Europeia, nem da NATO", sendo diferente seja "nas votações das Nações Unidas", seja nas "declarações internacionais".

"Agora, não penso ser previsível que haja uma mudança da posição chinesa adotada até este momento. Mas isso, como imaginam, é matéria sobre a qual o Presidente português não pode ir mais além, porque é da soberania de um Estado que conhecemos bem, porque o conhecemos há séculos, e que nos conhece bem, porque também conhece há séculos", frisou.

Marcelo anunciou que, "daqui por umas semanas", irá receber o presidente do executivo da região especial de Macau, Ho Iat Seng, o que testemunha precisamente que "Portugal tem uma relação uma relação com a República Popular da China muito antiga", de "quase cinco séculos".

"E continua a ter um relacionamento muito atento em relação a Macau, até porque há um tratado internacional celebrado entre os dois países quanto à situação jurídica e política em Macau", disse.