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Guerra "vai continuar durante longos meses"

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A guerra entre Israel e o movimento Hamas em Gaza, na Palestina, "vai continuar durante longos meses", disse ontem o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

"Vamos garantir que Gaza não será mais uma ameaça para Israel", frisou em conferência de imprensa em Telavive, sublinhando que "para obter uma vitória absoluta" e atingir os objetivos "será preciso mais tempo".

Segundo Benjamin Netanyahu, essa vitória só será atingida quando "o Hamas for eliminado e os reféns forem libertados".

O conflito, que entrou na 13.ª semana de duração, está a ser "uma batalha complexa", reconheceu o chefe de governo, realçando que as tropas israelitas já "eliminaram mais de oito mil terroristas", entre os quais dirigentes do Hamas.

Em 07 de outubro, comandos do Hamas -- movimento islamita considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 -- lançaram um ataque terrorista sem precedentes em solo israelita, no qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades de Telavive.

Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e tem bombardeado a Faixa de Gaza, mergulhada numa grave crise humanitária.

Desde o início do conflito, morreram 21.672 habitantes de Gaza e 56.165 ficaram feridos nos ataques do exército israelita, segundo as autoridades palestinianas, que afirmam que 70% das vítimas são mulheres e crianças.

Hoje, o Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 165 palestinianos foram mortos e outros 250 ficaram feridos nos ataques israelitas das últimas 24 horas.

Respondendo a uma pergunta sobre as negociações em curso no Cairo (Egito), Benjamin Netanyahu adiantou que "o Hamas colocou toda uma série de ultimatos" que foram rejeitados por Israel.

Uma delegação do Hamas chegou na sexta-feira ao Cairo para discutir um plano egípcio para conseguir um cessar-fogo entre as partes.

"Vemos uma mudança [mas] não quero criar expectativas", comentou Benjamin Netanyahu.

Segundo relata a agência AFP, um milhar de pessoas juntou-se esta noite em Telavive para exigir ao governo israelita "um plano global" para o regresso de todos os reféns e rejeitar o "acordo parcial" que já permitiu resgatar apenas alguns deles.