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Explosões atingem casas na Córsega quando acontecem discussões sobre autonomia

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Cerca de vinte explosões reivindicadas por separatistas atingiram casas na Córsega entre a noite de domingo e hoje, dez dias após a visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, que propôs mais autonomia para a ilha.

De acordo com as autoridades, as casas atingidas são, maioritariamente, segundas residências ou de férias.

Até ao momento, não foram registados feridos graves pelas autoridades, que notificaram a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa.

A Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) assumiu a responsabilidade por estas explosões, garantindo que não há a possibilidade de um "destino comum com a França" num comunicado enviado ao diário Corse-Matin.

"França, fora", conclui-se num texto de quatro linhas.

Estes incidentes acontecem cerca de dez dias após a visita do Presidente Macron, que propôs à Córsega "autonomia dentro da República", alertando que este "momento histórico" não acontecerá "sem" ou "contra" o Estado francês.

Durante quase dois anos, a Córsega registou um aumento de ataques incendiários e explosões visando principalmente segundas residências.

Estas explosões foram frequentemente reivindicadas, algumas pela FLNC, outras pelo movimento GCC (Ghjuventù Clandestina Corsa).

Numa declaração no início de agosto, a FLNC apelou à criação de uma "plataforma de resistência patriótica" face à "colonização desproporcional" e a um "processo de destruição do povo corso".

Segundo uma fonte judicial, em agosto tinham sido abertas 50 investigações "relacionadas com incêndios criminosos ou atos de destruição de vários tipos" na Córsega pela Procuradoria Nacional Antiterrorista desde o início do ano. Foram 22 em 2022, três em 2021 e quatro em 2020.