A sala de Ambientes Inovadores de Aprendizagem (vulgo sala do futuro), além de promover a tecnologia como ferramenta pedagógica e não apenas lúdica, é também espaço privilegiado de inclusão.

Prova disso é a sala do futuro na Escola Básica do 2º e 3 Ciclos com Pré-escolar e Creche Dr. Alfredo Ferreira Júnior, na Camacha, hoje visitada pelo presidente do Governo Regional.

Entre os alunos que preenchiam a sala a trabalhar em robótica e num projecto sobre alterações climáticas, havia um com necessidades educativas especiais, que passou despercebido, precisamente pelo factor inclusivo que o ‘novo’ espaço oferece.

A particularidade só foi revelada no final da visita presidencial pela professora de Artes, Carla Pestana.

Em causa “um aluno da educação inclusiva onde a grande dificuldade tem a ver com a linguagem e texto”, dificuldade esbatida na ‘sala do futuro’ por estar “a trabalhar integradíssimo, ao ponto de ninguém se ter apercebido das limitações, porque estava a fazer o mesmo processo de trabalho que os outros colegas. Mais inclusivo que isto não existe”, destacou a docente.

“Até nisto a tecnologia é inclusiva”, concluiu Miguel Albuquerque, surpreendido com a revelação. O presidente do Governo aproveitou para destacar as potencialidades das novas tecnologias da sala do futuro, cuja função não é só pedagógica, no sentido de adaptar os alunos aos desafios do futuro e à utilização das ferramentas digitais e sua aplicação, mas também contribui para o esbatimento das diferenças, afirmando-se como espaço “altamente inclusivo”.

Outra particularidade que Albuquerque disse constatar na sala do futuro é a disciplina dos alunos, tal é a motivação e concentração que apresentam no referido espaço. “Andei aqui à volta e não quiseram saber de mim para nada, e ainda bem”, rematou.