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Hoje é notícia

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O Governo apresenta hoje propostas e soluções para os consumidores mitigarem os aumentos do preço do gás anunciados na quarta-feira pela EDP e pela Galp.

As medidas serão apresentadas pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa, em Lisboa.

As soluções encontradas para os consumidores fazerem face ao aumento do gás anunciado surgem de um trabalho conjunto com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo fonte oficial do ministério.

A EDP Comercial anunciou, na quarta-feira, que vai aumentar o preço do gás às famílias em média em 30 euros mensais, a partir de outubro, devido à escalada de preços nos mercados internacionais e após um ano sem atualizações.

Segundo a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, a esse valor acrescem ainda "cinco a sete euros de taxas e impostos".

A EDP Comercial justificou a decisão com a escalada de preços do gás nos mercados internacionais, nos últimos meses, uma situação que foi agravada pela guerra na Ucrânia e as restrições ao abastecimento de gás russo, o que fez também aumentar o preço em outros mercados, como, por exemplo, no gás proveniente da Argélia.

Pouco depois deste anúncio, também a Galp fez saber que vai aumentar os preços do gás natural em outubro, num "valor a indicar brevemente".

Em declarações à Lusa, fonte oficial da companhia, apontou a "volatilidade" e aumento do custo como razões para a atualização.

A Galp tinha atualizado o preço do gás natural em 01 de julho, com um aumento de cerca de 3,60 euros para o escalão mais representativo.

Hoje, também é notícia:

DESPORTO

FC Porto, Sporting e Benfica conhecem os adversários na fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol, com os campeões nacionais no pote 1 e os rivais lisboetas no 3, sem evitarem um cabeça de série.

Pelo segundo ano seguido, Portugal vai estar representado por três clubes na 'Champions', depois do apuramento direto de 'dragões' e 'leões', com os dois primeiros lugares na I Liga, e das 'águias', após superarem Midtjylland e Dinamo Kiev.

No sorteio marcado para Istambul, na Turquia, cidade que vai acolher a final da competição, em 10 de junho de 2023, às 17:00 (horas em Lisboa), o FC Porto surge entre os oito integrantes do primeiro pote, enquanto Sporting e Benfica aparecem no terceiro.

Desta forma, o FC Porto vai evitar Manchester City, AC Milan, Bayern Munique, Paris Saint-Germain, Ajax, Real Madrid e Eintracht Frankfurt, todos possíveis adversários de 'verde e brancos' e 'encarnados'.

Do segundo pote vão sair adversários para todos os emblemas lusos, entre Liverpool, Chelsea, FC Barcelona, Juventus, Atlético de Madrid, Sevilha, Leipzig e Tottenham, assim como do quarto, que conta com os adversários teoricamente mais acessíveis, casos de Rangers, Dínamo Zagreb, Maccabi Haifa, Marselha, Copenhaga, Club Brugge, Celtic e Viktoria Plzen.

As seis jornadas da fase de grupos vão ser disputadas num período de oito semanas, entre 06 de setembro e 02 de novembro, devido à realização do campeonato do mundo de 2022, no Qatar, entre 20 de novembro e 18 de novembro.

O Gil Vicente recebe o AZ Alkmaar, em Barcelos, com a difícil missão de tentar anular a derrota por 4-0 sofrida nos Países Baixos, para aceder à fase de grupos da Liga Conferência Europa de futebol.

O 'sonho' gilista de ser a primeira equipa portuguesa na fase de grupos da terceira competição da UEFA 'esbarrou' na pesada derrota em Alkmaar, mas o treinador Ivo Vieira admite haver ainda "uma réstia de esperança" na qualificação.

Na primeira mão, há uma semana, o Gil Vicente ainda segurou os neerlandeses até ao intervalo, em que sofreu apenas um golo, por Dani de Wit, mas 'hipotecou' as suas ambições em pouco mais de 10 minutos na etapa complementar, ao 'encaixar' mais três tentos, por Mayckel Lahdo, Vangelis Pavlidis e Mees de Wit.

O encontro entre Gil Vicente e AZ Alkmaar tem início às 20:00, no Estádio Cidade de Barcelos, e será dirigido pelo croata Fran Jovic.

CULTURA

A 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa começa hoje e vai decorrer até 11 de setembro, tendo sido apresentada pela organização, a cargo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), como "a maior edição de sempre", com 140 participantes - mais dez do que em 2021 - e 340 pavilhões, sendo esperados mais de meio milhão de visitantes no Parque Eduardo VII.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcará presença na abertura da feira.

A Ucrânia é o país convidado da feira, com a presença de um pequeno 'stand' com livros ucranianos e programação associada.

Toda a programação da feira e informação sobre os participantes está em feiradolivrodelisboa.pt.

Os britânicos Placebo e Suede estão em destaque no primeiro dia do festival Vilar de Mouros, que regressa hoje à localidade que lhe dá nome, em Caminha, após dois anos de pausa forçada pela pandemia.

Hoje, além dos Placebo e dos Suede, haverá ainda concertos de The Black Teddys, Battles e Gary Numan.

Para o segundo dia do EDP Vilar de Mouros, sexta-feira, estão agendadas as atuações de Non Talkers, Tara Perdida, Clawfinger, Black Rebel Motorcycle Club e Simple Minds.

O festival termina no sábado com The Mirandas, Blind Zero, The Legendary Tigerman, Bauhaus e Iggy Pop.

Dezoito concertos de artistas como Circuit des Yeux, Zola Jesus ou Zeal&Ardor em três dias marcam o regresso do festival Extramuralhas a Leiria, para uma edição com programação reforçada que começa hoje.

Este ano, o festival reparte-se pelo Castelo de Leiria, Teatro José Lúcio da Silva, Jardim Luís de Camões e discoteca Stereogun.

Para esta edição, o festival preparou algumas novidades, a começar pelo acesso gratuito a 11 dos 18 concertos. Por outro lado, hoje serão utilizados os quatro palcos disponíveis, algo que não aconteceu nas edições anteriores. Outra alteração é o agendamento de espetáculos à tarde, na sexta-feira e no sábado, no Jardim Luís de Camões.

ECONOMIA

A subida das taxas de juro para travar a inflação, mas de forma a evitar uma recessão deverá ser o tema central da reunião que junta anualmente dirigentes de vários bancos centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos.

O momento mais esperado deste simpósio, que decorre entre hoje e sábado e tem como cenário as montanhas do Wyoming, será o discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, Jerome Powell, na sexta-feira.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, não estará nos Estados Unidos, mas Isabel Schnabel, um dos membros da Comissão Executiva da instituição, participará num painel no sábado. O governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, terá uma intervenção no mesmo dia.

Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, confirmou que estará em Jackson Hole, mas apenas para assistir aos debates, sem participar.

"As cartas estão na mesa a nível económico: um inimigo comum que é a inflação e o risco de atuar e travar a economia. É preciso escolher entre os dois", declarou à AFP Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

Esta reunião tem lugar num momento em que os bancos centrais, a nível mundial, recorrem a um endurecimento da política monetária para lutar contra a inflação, com o risco de penalizar a recuperação económica.

INTERNACIONAL

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a antiga Presidente chilena Michelle Bachelet, dá hoje em Genebra, Suíça, uma conferência de imprensa de final de mandato.

Bachelet, de 70 anos, que foi designada para o cargo no verão de 2018 pelo secretário-geral da ONU António Guterres para substituir o jordano Zei Ra'ad al-Hussein, anunciou em junho passado que não iria recandidatar-se a um segundo mandato de quatro anos.

O atual mandato de Bachelet, que também foi a primeira diretora-executiva da ONU Mulheres, termina a 31 de agosto.

"Numa altura em que o meu mandato chega ao fim, esta 50.ª sessão do Conselho será a última em que falarei", disse a representante, a 13 de junho, na sessão de abertura do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que nesse dia arrancava em Genebra.

O atual mandato de Bachelet foi recentemente marcado pelas críticas à sua resposta ao tratamento dado pela China aos uigures e a outras minorias muçulmanas. No início de junho, mais de 230 organizações de direitos humanos, incluindo portuguesas, exigiram a demissão de Bachelet, acusando-a de "branqueamento de atrocidades" durante uma visita ao território chinês.

O futuro nome a designar para este cargo tem de ser aprovado pela Assembleia-Geral da ONU, na qual têm assento os 193 Estados-membros da organização.