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Taiwan inicia hoje exercícios militares com fogo real que vão simular a defesa da ilha contra uma potencial invasão chinesa, um dia depois de a China ter prolongado as suas manobras militares junto daquele território.

"Vamos praticar contra-ataques contra ataques inimigos simulados em Taiwan", disse, na segunda-feira, Lou Woei-jye, porta-voz do Oitavo Corpo do Exército, no mesmo dia em que Pequim voltou a realizar novos exercícios militares perto da ilha, ignorando os apelos internacionais para o fim das manobras, que deviam ter terminado no domingo.

As forças da ilha de Taiwan vão treinar manobras de reação a eventuais desembarques na região de Pingtung, no extremo sul do território, segundo informações do exército taiwanês, que acrescentou que várias centenas de soldados e cerca de 40 de obuses estão destacados para os exercícios.

Lou Woei-jye afirmou que estes exercícios das forças taiwanesas, que também irão decorrer na quinta-feira, estavam já programados e não constituem uma resposta aos exercícios das forças chinesas em curso.

Após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan no passado dia 02 de agosto -- encarada pelas autoridades chinesas como uma provocação - a China iniciou manobras com munição real em seis grandes áreas ao redor da ilha, território que Pequim reivindica como uma província separatista a ser reunificada pela força caso necessário.

Hoje, também é notícia:

DESPORTO

O Benfica procura o apuramento para o 'play-off' da Liga dos Campeões em futebol, deslocando-se ao reduto emprestado do Midtjylland com três golos de vantagem, depois do 4-1 conseguido na Luz.

Há uma semana, na primeira mão da terceira pré-eliminatória, os 'encarnados' venceram os dinamarqueses com um 'hat-trick' de Gonçalo Ramos (17, 33 e 61 minutos) e um golo do argentino Enzo Fernández (40), contra um de penálti de Pione Sisto (78).

Tendo em conta a vantagem de três golos e, sobretudo, a enorme superioridade evidenciada, o conjunto comandado pelo alemão Roger Schmidt, é claramente favorito ao apuramento.

Para o jogo marcado para Randers, já é certo que o técnico germânico vai mudar pela primeira vez o 'onze', ao terceiro jogo a 'sério', face à lesão sofrida pelo brasileiro David Neres, que ficou fora dos 24 convocados.

Na sua história europeia, o Benfica soma 13 vitórias e dois empates face a equipa dinamarquesas, sendo que as duas igualdades aconteceram em solo nórdico: 0-0 com o Aarhus, em 1987/88, e o mesmo resultado com o Copenhaga, em 2006/07.

A seu favor, os 'encarnados' também têm o facto de nunca terem desperdiçado uma vantagem de três ou mais golos, o que aconteceu em 21 ocasiões, a última em 2010/11.

Caso voltem a consegui-lo, já sabem que vão encontrar o vencedor do duelo entre Dinamo Kiev e Sturm Graz.

O embate entre o Midtjylland e o Benfica, realiza-se a partir das 18:45 (em Lisboa), no Estádio do Randers, na Dinamarca, com arbitragem do sérvio Srdjan Jovanovic.

ECONOMIA

A meta para reduzir voluntariamente 15% do consumo de gás na União Europeia (UE) entra hoje em vigor, até à primavera de 2023, visando aumentar o armazenamento nos Estados-membros e criar uma 'almofada' perante eventual rutura no fornecimento russo.

A entrada em vigor do regulamento surge na sequência do acordo político alcançado no final de julho em Bruxelas, ocasião na qual os 27 chegaram a um compromisso em torno da proposta apresentada pela Comissão Europeia com vista à redução de 15% do consumo do gás entre este mês e 31 de março de 2023, mas já com novas exceções para abranger a situação geográfica ou física dos países.

Com o regulamento agora em vigor, está ainda prevista a possibilidade de desencadear um 'alerta da União' perante escassez, cenário no âmbito do qual a diminuição da procura de gás se tornaria obrigatória.

Portugal, por exemplo, "enquadra-se nos países que poderão, por ter fracas interconexões, ver a sua meta reduzida em oito pontos percentuais face ao objetivo inicialmente definido, caso venha a ser criada uma obrigação de redução de gás", informou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Além disso, Portugal "pode deduzir um conjunto de circunstâncias" em que também se encontra, "como a produção de energia elétrica na segurança do sistema ou a necessidade de utilização do gás como matéria-prima em indústrias ou setores indispensáveis", acrescentou o governante.

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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) vai reunir-se hoje, na DGERT, com a ANA, gestora dos aeroportos, para negociar serviços mínimos para a greve marcada entre 19 e 21 deste mês.

Segundo o sindicato, a reunião entre a Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o Sintac e a ANA/VINCI realiza-se, pelas 10:30.

"A convocatória da DGERT tem em vista a negociação de acordo dos serviços mínimos a assegurar durante 19 e 21 de agosto", indicou o sindicato, "tendo em vista a negociação de acordo quanto aos serviços mínimos e quanto aos meios necessários para os assegurar durante as 00:00 do dia 19 de agosto e as 24:00 do dia 21 de agosto".

O Sintac apelou à "reposição de todas as contribuições -- até então suspensas -- para o Fundo de Pensões dos seus trabalhadores", e exigiu que a gestora aeroportuária deixe de "tentar destruir os direitos obtidos ao longo de décadas pelos trabalhadores da ANA, através das suas propostas de novo AE [acordo de empresa] ou, em última análise, mantenha o AE de 2015".

O sindicato quer ainda um "aumento digno do salário dos seus trabalhadores, tendo em conta os seus resultados e a inflação" e "medidas urgentes no sentido de contratar os recursos humanos em falta e repor os mínimos necessários à salvaguarda da segurança aeroportuária e à segurança no trabalho", garantindo que na ANA assiste-se "a uma sobrecarga desumana nos recursos humanos existentes".

LUSOFONIA

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, divulga hoje medidas de estímulo à economia face à conjuntura provocada pelo impacto da guerra Rússia-Ucrânia.

Segundo a Presidência da República, Filipe Nyusi vai anunciar o "pacote de medidas de estímulo à economia" na presença de membros do Governo, setor privado, associações económicas, sociedade civil e representantes de parceiros de cooperação para o desenvolvimento, em Maputo.

As condições de vida das famílias moçambicanas e a atividade das empresas têm vindo a deteriorar-se nos últimos meses, devido ao impacto da guerra Rússia-Ucrânia.

O conflito no leste europeu encontrou a economia do país africano já fragilizada pelo efeito combinado da pandemia de covid-19, violência armada no norte de Moçambique e calamidades naturais.

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O Quénia elege hoje o seu presidente em eleições gerais renhidas, marcadas pelo aumento do custo de vida, que culminam uma campanha eleitoral pacífica, mas que não dissipou o receio de repetição da violência ocorrida em eleições anteriores.

O vice-presidente do Quénia, William Ruto, e um antigo primeiro-ministro, Raila Odinga, são os dois favoritos a vencer a corrida presidencial na que será uma das eleições mais disputadas de África, em que os advogados George Wajackoyah e David Mwaure concorrem também, mas sem qualquer hipótese realista de vitória.

O escrutínio conta com 22,1 milhões de eleitores inscritos - de uma população nacional de cerca de 55 milhões. Foram distribuídas pelo país pouco mais de 46.200 mesas de voto, que estarão abertas entre as 06:00 locais (03:00 em Lisboa) e as 17:00 (14:00 em Lisboa), de acordo com dados fornecidos pela Comissão Eleitoral Independente (IEBC, na sigla em inglês).