Madeira

"A inflação não nos larga. Urge combatê-la" diz Iniciativa Liberal

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Através de um comunicado, a Iniciativa Liberal Madeira (IL), menciona o aumento dos preços e a inflação.

Diariamente vemos os preços a subir. A inflação não nos larga. Urge combatê-la, sem cair na tentação de aumentar salários, mesmo que esta seja a medida, aparentemente, mais óbvia. O aumento de salários, por si só, leva, quase sempre, a um efeito de espiral recessiva e de aumento da inflação". Iniciativa Liberal

O partido destaca que aumentar os salários "não  criará o milagre das rosas: os combustíveis não vão começar a jorrar do chão e não teremos uma chuva de cereais".

O IL refere que não tem "nada contra esses aumentos, bem pelo contrário", contudo estes devem ser "indexados e claros aumentos de produtividade".

Do que precisamos é de um novo modelo de desenvolvimento menos focado no imediato, incorporando mais indicadores económicos de longo prazo, incluindo indicadores de desenvolvimento sustentável, dando prioridade aos aspectos mais directamente ligados ao ambiente, qualidade de vida, felicidade, saúde e bem-estar" Iniciativa Liberal

Assim, os pressupostos, na perspectiva da Iniciativa Liberal Madeira passam pelos seguintes aspectos:

  • Choque competitivo na política fiscal, repondo o poder de compra das pessoas e permita a atractividade do investimento directo do exterior;
  • Modelo de gestão de fundos europeus numa lógica de transparência máxima (criação do Portal de Transparência conforme já propusemos), abrindo vias de fiscalização por parte da Assembleia Regional e da sociedade, criação de parcerias, complementando e regulando, mas não se substituindo ao mercado e às empresas no desenvolvimento económico;
  • Política clara de desburocratização da economia, indo para além da mera digitalização dos processos já existentes, lançando um programa que agilize ou elimine a necessidade de tanta burocracia prévia para o investimento;
  • Eficiência na gestão dos serviços públicos, fazendo do mérito critério fundamental de administração e não o amiguismo, o nepotismo e o cartão do partido;
  •   Transição energética assente numa lógica de agilização da inovação, de parceria com quem quer arriscar com as suas ideias e apostar no seu esforço, criando condições para a emergência de uma economia verde que seja capaz de se financiar e de reagir às transformações constantes do sector;
  • Ter como lema para a máquina do Estado: menos (na sua interferência), melhor (no apoio social, na educação e na saúde) e mais forte (profundamente fiscalizadora).

Assim, o partido propõe:

  • Baixa de IRS bem acima da inflação / actualização dos escalões. Propomos o que foi recusado temos socialistas rosa na Assembleia da República: escalão único para todos os que aufiram um salário até metade do rendimento mensal de um deputado, ao qual seria aplicada uma taxa de 15,5% (+ poder de compra); 
  •  Baixar o IVA 30% em todos os escalões, prerrogativa do Governo Regional (+ poder de compra); 
  • A taxa de IVA da electricidade é pornográfica e tem que baixar (+ poder de compra); 
  • Baixa do ISP maior que a proposta pelo Governo da República (+ poder de compra). Esta medida terá que ser nacional, visto que o GR já o reduziu ao máximo que pode; 
  •  Acabar com o adicional de 15% nos combustíveis, imposto pelo PAEF (+ poder de compra); 
  •  Aplicação do IVA nos combustíveis somente sobre o produto comprado e não sobre o todo, o que provoca dupla taxação (+ poder de compra);~
  •   Agilização dos licenciamentos nas energias renováveis (+ produção, - preço);
  • Medidas de incentivo à poupança, que levarão a consumir menos diminuindo a procura e ajudando a baixar os preços; 
  •  Programas de incentivo à literacia económica abertos a todos. Uma população mais instruída sobre os aspectos económicos, investe melhor as suas poupanças, consome com maior rigor e fica mais habilitada contra derivas populistas; 
  •  Fiscalizar, coisa que o Estado amiúde se esquece de fazer, de modo a detectar situações menos claras e que provoquem distorções no funcionamento livre do mercado;
  •  Estudar, com assertividade e pessoas capazes, medidas que proporcionem uma baixa significativa no preço dos transportes de mercadorias, num mercado que tanto depende do que vem de fora; 
  •  Desburocratizar o modo como se constituem empresas, anulando as taxas e taxinhas e os procedimentos que só complicam. A criação de emprego é de grande importância para o desenvolvimento porque desonera o Estado e aumenta a colecta; 
  •  Desburocratização do fecho de empresas, sem prolongar agonias, de modo que se libertam recursos e meios que podem ser aplicados onde necessário; 
  •  Redobrada atenção às empresas Fénix, que fecham em situação económica difícil, e abrem a seguir com outro nome, usando o património da primeira. 

O Iniciativa Liberal afirma não estar "desfasado" da realidade e que estas medidas "só fazem sentido emagrecendo os custos da máquina do Estado. Um Estado pequeno, forte e actuante. Menos burocracia que implique menores custos; controle de gastos; digitalização; mais e melhor fiscalização ao que se regula com conta, peso e medida; e um funcionalismo competente com as ferramentas necessárias para executar as suas funções pela capacitação e não pelo número"

"Não tendo em conta o que vai acima, é estar à porta de tempos difíceis", conclui.