A Guerra Madeira

Marta Freitas alerta que países não podem olhar com passividade para a invasão à Ucrânia

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A deputada eleita pelo Partido Socialista Madeira à Assembleia da República apelou, hoje, ao envolvimento de todos os países e da comunidade internacional, na tentativa de contribuir para o fim da guerra na Ucrânia.

Marta Freitas, que está a participar na sessão anual da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que decorre em Birmingham, interveio esta manhã no âmbito da Comissão de Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias, não escondendo o choque perante o terror vivido pelo povo ucraniano, na sequência da invasão russa àquele país.

“Desde o passado dia 24 de Fevereiro que somos bombardeados com as imagens que nos chegam da Ucrânia e que nos dão conta de um sofrimento atroz por parte de homens, mulheres, crianças e idosos que, de repente, e sem perceberem porquê, ficaram sem nada. Mais do que as suas casas, estão a perder as suas vidas e os seus entes queridos, vítimas da invasão bárbara e inexplicável de um país às ordens da Rússia”, afirmou a parlamentar socialista, relevando, contudo, a resiliência do povo ucraniano. Referindo-se aos já mais de quatro meses de “terror, morte, tortura, violação, deportação forçada e humilhação”, Marta Freitas disse serem insuficientes as palavras para exprimir a solidariedade para com quem vive este “cenário dantesco”.

A deputada madeirense criticou as decisões unilaterais de um regime totalitário que não respeita os Estados democráticos e afirmou que esta é uma agressão inqualificável à qual a Europa e o Mundo não devem, nem podem, ficar indiferentes. “Os Estados aqui representados não podem assistir passivamente a este atentado à Democracia e aos Direitos de um povo”, sustentou, dando conta que dos mais 15 mil potenciais crimes de guerra que estão já a ser investigados. “É preciso mobilizar todas as forças internacionais para que ocorra uma profunda investigação aos mesmos. Isto, claro, sem prejuízo da necessidade de um diálogo entre as duas forças em conflito, para que seja possível atingir a paz tão necessária”, vincou.

A par da intervenção junto das autoridades de ambos os países em guerra, “não podemos esquecer o acolhimento dos cidadãos ucranianos que são forçados a deixar a sua terra”, adiantou Marta Freitas, observando que “os diferentes países não podem deixar a solidariedade por mãos alheias”. Lembrou, a propósito, que Portugal conta já com mais de 43 mil pessoas deslocadas da Ucrânia que já realizaram o Pedido de Proteção Temporária. “Da nossa parte, continuaremos a fazer o nosso papel. É importante que todos ajam da mesma forma. É preciso tudo fazer para acabar com esta guerra o quanto antes! Não podemos deixar que seja derramado mais sangue de pessoas inocentes!”, alertou a parlamentar.