Madeira

Emanuel pede “solução para salvar a Estrada da Rocha”

Presidente da Câmara do Porto Moniz pede solução urgente concertada entre Autarquia e Governo Regional

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O presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, Emanuel Câmara, aproveitou a presença do secretário que tutela as Obras Públicas, Pedro Fino, na sessão solene comemorativa do Dia do Concelho do Porto Moniz para lembrar compromissos assumidos e que tardam em ser concretizados pelo poder Regional, mas sobretudo para apelar à entreajuda entre Governo Regional e Câmara Municipal para salvar a antiga estrada regional da ‘Rocha’.

“Necessitamos da colaboração do Governo Regional para várias intervenções importantes no concelho”, e do rol de obras que deseja ver concretizada, considerou que “é urgente, que em conjunto, seja encontrada uma solução para a Estrada da Rocha”, apontou. Lembrou que a outrora emblemática estrada da costa Norte da Madeira “é mais de que um ex-libris do concelho, é um ex-libris da Região”. Reforçou o apelo pedido uma “solução para salvar a Estrada da Rocha”.

Antes, admitiu que nem todas as decisões tomadas foram as mais acertadas, mas deixou uma certeza: “Eu e o meu executivo nunca baixamos os braços. Às críticas, respondemos com trabalho”, atirou.

O autarca socialista admitiu que os resultados nestes quase 9 anos de governação “seriam sem dúvida mais e melhores se existisse mais cooperação por parte do Governo Regional para com esta autarquia”.

Aproveitou a deixa para lembrar que “em Outubro de 2018, foi anunciada, pelo Governo Regional a construção de uma estrutura porticada entre o final do túnel de João Delgado em direcção a São Vicente, numa extensão de 250 metros.

Aquando do anúncio referiu-se que a intervenção seria executada em 2019 e teria a duração de oito meses.

A verdade é que esta intervenção está prevista, consecutivamente, desde 2017, no Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da RAM (vulgo PIDDAR).

É certo que à data do anúncio ressalvou-se que se trataria de uma obra complexa, sendo a primeira estrutura deste tipo a ser realizada na Madeira.

Não imaginaríamos nunca que o grau de complexidade seria tal que passados seis anos a intervenção nem se tivesse iniciado. Não imaginaríamos nunca que o grau de complexidade seria tal que, a avaliar pelo PIDDAR de 2022, já se abandonou a ideia da estrutura porticada, designando-se a intervenção como ‘prevenção e mitigação do risco de derrocadas’ com um valor previsto muito abaixo do inicial.

Diga-se em abono da verdade que não nos interessa saber em concreto que tipo de intervenção será efectuada, mas há algo de que não temos dúvidas: a intervenção urge, sob pena de voltarmos a perder vidas humanas naquele troço. A população continua à espera”, avisou.