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Cortes de estradas e evacuação de aldeias devido a fogos em Espanha

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Os vários incêndios que lavram hoje em várias regiões de Espanha, que atravessa há dias uma intensa onda de calor, obrigaram ao corte de vias rodoviárias e à evacuação de casas, noticiam as agências EFE e Europa Press.

Na Galiza, duas estradas perto de Lugo tiveram de ser cortadas devido a incêndios florestais.

O incêndio de Carballeda de Valdeorras, também na Galiza, que se reativou hoje à tarde "por causa do vento", já alastrou para a localidade vizinha de O Barco de Valdeorras, onde obrigou à retirada de pessoas da zona da freguesia de Alixo.

O presidente da câmara de Carballeda de Valdeorras, Alfredo García, disse à agência Europa Press que a "situação está muito complicada" e que suscita "grande preocupação".

Este incêndio já queimou 1.600 hectares e o nível de alerta deste fogo é agora 02 devido à proximidade das chamas de um núcleo de casas em Carballeda de Valdeorras, concretamente, na freguesia de Candeda, onde as autoridades confirmaram que várias casas abandonadas já arderam.

Este incêndio está ativo desde as 22:09 locais (21:09 em Lisboa) da passada quinta-feira, e iniciou-se na freguesia de Riodolas.

Em El Pont de Vilomara, perto de Barcelona, o incêndio florestal que deflagrou durante a tarde já queimou cerca de 440 hectares de floresta e obrigou a evacuação das casas mais próximas da linha de fogo, segundo os serviços de emergência, que pediram aos moradores para não saírem do município e concentrarem-se nos locais previamente referenciados pelas autoridades.

De acordo com o último balanço dos Agentes Rurais, as chamas queimaram até agora cerca de 440 hectares, dos quais 130 afetam o parque natural de Sant Llorenç del Munt i l'Obac.

A Proteção Civil também pediu aos moradores que abandonem a zona para que não o façam de automóvel para evitar congestionamento nas estradas.

"É muito importante", salienta a Proteção Civil catalã.

Em Castilla y León as autoridades baixaram do nível 02 para 01 a gravidade do incêndio florestal declarado na sexta-feira em Navafría, que afetou 880 hectares de pinheiro-bravo e prevê-se que sejam necessárias mais de 12 horas de trabalho para o controlar.

O incêndio teve origem na passada sexta-feira às 11:12 locais (10:12 em Lisboa) a sul da Cañada Real de Navafría, a cerca de 34 quilómetros da capital provincial, e a sua evolução tem sido marcada por condições adversas de vento e temperaturas elevadas.

O avanço das chamas obrigou a cortar a circulação da estrada N-110, que foi restabelecida no sábado, e a retirar os cerca de 200 habitantes de Torre Val de San Pedro, que já regressaram às suas casas, o que levou as autoridades a declarar o nível de gravidade 2 pouco mais de uma hora após o início do incêndio.

Castilla y León registou 165 incêndios na última semana e, hoje à tarde o único incêndio declarado Nível 02 é o de Monsagro, em Salamanca.

Existem outros sete incêndios ativos, de nível 1: em Navalonguilla e Cebreros (Ávila), em Paradaseca em Villafranca del Bierzo (León), em Candelario (Salamanca), em Figueruela de Arriba e Roelos de Sayago (Zamora) e, desde as 12:20 locais (11:20 em Lisboa) de hoje, Navafría, em Segóvia, está incluída neste grupo.

Em Castilla-La Mancha manifestaram-se hoje, um em Tobarra (Albacete) e outro em Toledo, na zona do bairro Azucaica, que está no nível 1 porque cortou uma estrada e pode afetar ativos não florestais.

As chamas do incêndio de Azucaica estão em ambos os lados da estrada CM-4001, que obrigou o trânsito a ser cortado e estão próximas de uma zona residencial, embora no momento o fumo não esteja indo na direção das casas da zona residencial, disseram à agência EFE fontes das autoridades locais.

Os incêndios foram declarados às 13:44 locais (12:44 em Lisboa).