Madeira

Um terço dos fogos a custos controlados é de tipologia T1

Albuquerque desvaloriza condicionante à natalidade a ser oferecida a jovens casais

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Um terço dos fogos dos seis projectos imobiliários já apresentados no âmbito da primeira fase da Oferta Pública, lançada no final de 2021 pela IHM-Investimentos Habitacionais da Madeira, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), são de tipologia T1.

Hoje, tal como em todas as apresentações públicas destes projectos, o presidente do Governo Regional voltou a reafirmar que este investimento, que no global reserva 128,4 milhões de euros, destina-se essencialmente a jovens casais. Foi por isso questionado quanto à opção de tão elevada percentagem de T1 nestes projectos, sobretudo atendendo ao desejado aumento da natalidade, estímulo que não se compadece com casais a viverem em T1.

Apanhado de surpresa, Miguel Albuquerque justificou, de forma pouco convincente, que o T1 significa um começo de vida, para depois poderem então passar para habitação de tipologia maior.

“Este tipo de tipologia dá para as pessoas iniciarem a sua vida”, foi a lacónica resposta.

Antes, voltou a afirmar que esta aposta em habitação a custos controlados visa proporcionar às famílias, “sobretudo aos jovens casais, habitação a preços acessíveis”.

De resto, aproveitou a vista desafogada e muito privilegiada do projecto a construir na encosta do Pico da Torre, em Câmara de Lobos, para dar conta que “todos os edifícios que nós estamos a construir neste processo de aquisição estão em zonas privilegiadas dos respectivos concelhos e freguesias”.

Porque a ideia “não é descriminar”, eis a razão do “sítio maravilhoso” para “construir habitação atractiva para os jovens casais, para a família de classe média, para quem quiser concorrer e viver em igualdade de circunstâncias com os outros residentes”, concretizou.