Madeira

Páscoa de Jesus reflecte "vida dos cristãos de todos os tempos e lugares"

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Foto Aspress

A Igreja Católica celebra nas últimas horas deste Sábado Santo (dia 16 de Abril) e nas primeiras de Domingo de Páscoa (dia 17) o principal e mais antigo momento do ano litúrgico, a Vigília Pascal, assinalando a ressurreição de Jesus.

Segundo a Agência Ecclesia, "esta é uma celebração mais longa do que habitual, em que são proclamadas mais passagens da Bíblia do que as três habitualmente lidas aos domingos, continuando com uma celebração batismal e a comunhão"

A celebração articula-se em quatro partes: a Liturgia da Luz ou “lucernário” (no qual se acende o Círio Pascal); a Liturgia da Palavra; a Liturgia Batismal; e a Liturgia Eucarística..

Na homilia da Vigília Pascal, celebrada este sábado, na Sé Catedral do Funchal, D. Nuno Brás salientou que "a celebração desta noite santa de Páscoa é marcada pelas narrações das diferentes passagens de Deus pela vida do povo [cristão] da Antiga Aliança".

"E todas estas passagens — da criação do mundo à vida do crente — desenham diante de nós um sentido: mostram o sentido da história, a direcção que o próprio Deus vai imprimindo aos diferentes acontecimentos da história, por entre o encontro da sua vontade com a liberdade humana. Todas estas passagens reclamam a ressurreição de Jesus: sem Jesus, vencedor da morte e do pecado, tudo permaneceria sem sentido", reforça o bispo do Funchal.

Fazendo referência à IIª Leitura, S. Paulo, D. Nuno Brás argumenta que "a Páscoa (as Páscoas) da Antiga Aliança indicam, requerem, encontram a sua plenitude na Páscoa de Jesus".

"Porque, olhando para a Páscoa de Jesus, descobria nela uma realidade maior: descobria nela a vida dos cristãos de todos os tempos e lugares (...) Quer dizer: a morte e a ressurreição de Jesus alargam o seu dinamismo pascal, ultrapassam tempos e lugares, para nos envolver a nós, cristãos. Para nos envolver a nós, cristãos madeirenses, que celebramos esta Páscoa de 2022", sublinha.

Nesta Missa da Vigília Pascal, o Bispo batizou quatro adultos que, nas suas palavras "com Cristo vão também ressurgir, homens novos, para uma vida nova".

Olhando para eles, percebemos também o que sucedeu com todos nós quando, porventura ainda recém-nascidos, os nossos pais nos conduziram à Igreja, para nos dar a possibilidade de, desde tenra idade, vivermos já na graça baptismal. Com Cristo mortos e com Cristo ressuscitados, queremos deixar que Deus faça connosco a Páscoa. Deus connosco e em nós: vida nova a brotar sempre de novo.