Mundo

Estados Unidos sancionam sete responsáveis dos Balcãs por corrupção

None

O governo dos EUA revelou hoje que sancionou "por corrupção" sete figuras dos Balcãs, entre estas o ex-primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Nikola Gruevski, a ex-procuradora-geral da Bósnia-Herzegovina, Gordana Tadic, e o ex-presidente da Sérvia e Montenegro, Svetozar Marovic.

O Departamento do Tesouro norte-americano especificou que os restantes responsáveis alvo de sanções são o ex-diretor do Gabinete de Segurança e Contrainteligência da Macedónia do Norte, Sasho Mijalkov, os albaneses Aqif Rakipi, deputado no seu país, e Ylli Ndroqi, proprietário de órgãos de comunicação social, bem como o deputado bósnio Asim Sarajlic.

Em comunicado, o Tesouro dos Estados Unidos apontou que todas estas figuras ameaçaram "a estabilidade da região através da corrupção, atividades criminosas e comportamento desestabilizador".

Marovic, que foi presidente da Sérvia e Montenegro entre 2003 e 2006, foi detido em 2015 pelas autoridades montenegrinas pelo seu suposto envolvimento em vários casos de corrupção em larga escala "relacionados com projetos de construção no município de Budva", salienta o Tesouro.

Já o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, apontou num outro comunicado que Gruevski, primeiro-ministro da Macedónia do Norte de 2006 a 2016, terá alegadamente usado a sua influência política e poder para proveito próprio.

"Há informações credíveis de que Gruevski abusou do seu poder para solicitar e aceitar subornos em troca de contratos governamentais, apropriar-se de fundos públicos e intervir em processos eleitorais para seu próprio benefício e do seu partido", sublinhou Ned Price.

O governo dos EUA acusa Tadic de "utilizar a sua influência para interferir em processos judiciais" quando era a principal procuradora do seu país, acrescentando que terá "manipulado casos" para proteger os seus "patrocinadores políticos" e evitar que fossem a julgamento.

Já Sasho Mijalkov foi alvo de sanções pelos Estados Unidos pelo seu alegado envolvimento em corrupção e por ter usado sua influência política para proveito pessoal, através de suborno.

Todos os bens das pessoas designadas que possam ter nos Estados Unidos estão a partir de agora congelados e os cidadãos norte-americanos estão proibidos de realizarem transações com estes.