A Guerra Mundo

Biden em cimeira da UE envia "forte sinal de união" face à Rússia

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Foto EPA/JULIEN WARNAND

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje que a presença do Presidente norte-americano, Joe Biden, no Conselho Europeu em Bruxelas, envia um "forte sinal de união" face à Rússia, perante "tempos difíceis" de guerra na Ucrânia.

"É com muito prazer que o recebemos aqui novamente em Bruxelas e a sua participação neste Conselho Europeu transmite um sinal muito forte. A nossa unidade é muito sólida e estamos muito satisfeitos em coordenar a nossa cooperação convosco nestes que são tempos muito difíceis e nos quais precisamos de tomar as decisões certas e inteligentes para o futuro, para a segurança para a estabilidade", afirmou Charles Michel.

As declarações foram feitas na chegada de Joe Biden ao edifício da cimeira europeia, que junta em Bruxelas entre hoje e sexta-feira os líderes da União Europeia (UE), sendo a primeira vez na história que um presidente dos Estados Unidos participa presencialmente num Conselho Europeu.

Também em declarações à chegada à cimeira europeia, Joe Biden, vincou: "A coisa mais importante que temos de fazer no ocidente é estarmos unidos e não o digo como um eufemismo".

"É a coisa mais importante que podemos fazer para deter este tipo [Presidente russo, Vladimir Putin], que [...] acreditamos já ter cometido crimes de guerra", adiantou Joe Biden, salientando as acusações anteriormente feitas.

Na ocasião, Biden saudou ainda a reeleição de Michel, por unanimidade, como presidente do Conselho Europeu até novembro de 2024.

"Tenho de o felicitar porque acabou de ser reeleito sem oposição. Sonho com isso", adiantou Joe Biden.

Os chefes de Estado e de Governo da UE, reunidos em Bruxelas, decidiram hoje por unanimidade reconduzir Charles Michel como presidente do Conselho Europeu para um segundo mandato de dois anos e meio.

A reeleição de Charles Michel teve lugar hoje no arranque de uma cimeira de líderes da UE, num dia particularmente movimentado em Bruxelas, que acolheu de manhã uma cimeira extraordinária de líderes da NATO e, de seguida, uma cimeira do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Neste primeiro dia de Conselho Europeu, a agenda será dominada pela política externa e, principalmente, pela Ucrânia, em altura de aceso conflito armado no país devido à invasão russa e quando os Estados Unidos e a UE manifestam unidade para o exterior.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.