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Sindicato desafia Marta Temido a resolver rapidamente "problemas" dos enfermeiros

Foto: ANTÓNIO COTRIM/LUSA
Foto: ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) desafiou a ministra da Saúde, hoje reconduzida no cargo, a resolver os "problemas" desta classe profissional o "mais rapidamente possível", alegando que Marta Temido conhece os dossiers e as soluções.

"O que se espera é que, o mais rapidamente possível, estes problemas sejam resolvidos", uma vez que Marta Temido "não precisa de perder tempo em inteirar-se" destas matérias, disse à agência Lusa a dirigente nacional do SEP Guadalupe Simões.

Para a sindicalista, a ministra da Saúde é "conhecedora dos problemas e das propostas de solução", já existindo mesmo a decisão política em relação a algumas das questões reivindicadas pelos enfermeiros.

Desde logo, a contabilização dos pontos aos enfermeiros para efeitos de progressão na carreira que Marta Temido "assumiu como compromisso que iria resolver, tal qual como o primeiro-ministro", adiantou Guadalupe Simões.

"Entendemos que esse problema pode ser de imediato resolvido. Só é preciso que sejam dadas as orientações para as instituições, tendo em conta que a decisão política já foi tomada", sublinhou a dirigente sindical.

Segundo disse, outra das questões que o SEP quer ver resolvida prende-se com a valorização salarial dos enfermeiros, "tendo em conta que a ministra Marta Temido impôs uma carreira em 2019 aos enfermeiros que, ao invés de os valorizar os enfermeiros, os desvalorizou".

"Essa exigência está em cima da mesa esperámos que se concretize o mais rapidamente possível, porque é do conhecimento da ministra da Saúde as consequências que teve a imposição daquela carreira", referiu.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou hoje, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.

Há novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa), no Ambiente (Duarte Cordeiro) e na Cultura (Pedro Adão e Silva).  

Continuam no executivo, e nas mesmas pastas, Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).

Abandonam o Governo 11 ministros: Alexandra Leitão, Graça Fonseca, Francisca Van Dunem, João Leão, Augusto Santos Silva, Pedro Siza Vieira, Nelson de Souza, Matos Fernandes, Manuel Heitor, Tiago Brandão Rodrigues e Ricardo Serrão Santos.

Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta. Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.