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África é prioritária para a TAP mas reestruturação não permite novos destinos

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Foto ELTON MONTEIRO/LUSA

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, afirmou ontem que o mercado africano continuará a ser "prioritário" para a companhia aérea portuguesa, mas que a redução da frota não permitirá a abertura de novos destinos no continente.

"África sempre foi e sempre será estratégica para nós. Tem sido um mercado muito resiliente durante a crise [da pandemia de covid-19]", afirmou a administradora da TAP, questionada pela Lusa à margem de uma visita que está a realizar a Cabo Verde, para contactos com representantes locais e com o Governo.

Christine Ourmières-Widener recordou que durante a pandemia a TAP praticamente manteve todos os destinos que operava em África, mas admitiu que o plano de reestruturação da companhia, que prevê a redução da frota para 99 aeronaves, vai obrigar a olhar para todas as rotas no continente.

"Vamos ter de olhar para as diferentes rotas da rede atual e ver se queremos cortar destinos. Mas será mais difícil para a TAP abrir novos destinos no futuro (...). O que queremos é concentrarmo-nos na nossa rede atual, fazer melhor, com um produto melhor e resultados melhores", disse.

A Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, havendo ainda lugar a compensações relacionadas com a pandemia de covid-19, com 462 milhões de euros referentes ao primeiro semestre de 2020, 107 milhões ao segundo semestre, e a compensação referente ao primeiro semestre de 2021.

A presidente da TAP apontou que será "mais difícil" à companhia abrir novas rotas "nos próximos três anos": "Mas o nosso compromisso com África está provado e é para manter no futuro. Acreditamos neste mercado e vamos talvez investir neste mercado mais em frequências ou no tipo de aeronave, aumentando a capacidade das aeronaves que operamos em vez de abrir novos destinos".