A Guerra Mundo

Macron e Scholz exigem cessar-fogo imediato em conversa com Putin

Foto EPA/THIBAULT CAMUS/POOL MAXPPP
Foto EPA/THIBAULT CAMUS/POOL MAXPPP

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiram hoje ao Presidente russo, Vladimir Putin, um cessar-fogo imediato na Ucrânia, durante uma conversa telefónica, disse uma fonte do Governo alemão.

Macron e Scholz falaram por telefone com Putin horas antes de a União Europeia (UE) se reunir em cimeira no Palácio de Versalhes, em França, país que preside atualmente ao Conselho da UE.

"Macron e Scholz insistiram que qualquer solução para esta crise deve vir através de negociações entre a Ucrânia e a Rússia", disse a fonte do Governo alemão, citada pela agência francesa AFP.

Durante a reunião, a França e a Alemanha "exigiram da Rússia um cessar-fogo imediato".

Os três líderes concordaram em permanecer em estreito contacto nos próximos dias.

"A guerra na Ucrânia e os próximos passos relativos a ela serão discutidos entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia durante o jantar desta noite no quadro da cimeira de Versalhes", disse o Eliseu (Presidência francesa) numa declaração.

Pela primeira vez desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, os chefes da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba, reuniram-se hoje, na Turquia.

As conversações não permitiram estabelecer um cessar-fogo na Ucrânia, como pretendia a parte ucraniana.

Lavrov disse que as duas partes devem continuar a dialogar, mas no formato das conversações já realizadas na Bielorrússia, um país aliado da Rússia.

Negociadores russos e ucranianos reuniram-se três vezes na Bielorrússia desde o início da invasão e chegaram a acordo sobre a abertura de corredores humanitários para retirar civis de algumas cidades sitiadas.

A Ucrânia tem repetidamente acusado a Rússia de violar estes acordos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, provocando um número ainda por determinar de mortos e feridos, tanto militares como civis, e mais de 2,3 milhões de refugiados.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.