Patriarcado de Lisboa destina parte da renúncia quaresmal às vítimas da guerra
O Patriarcado de Lisboa vai destinar parte da renúncia quaresmal dos seus fiéis para a Cáritas Diocesana, com vista a "apoiar as necessidades do povo ucraniano, duramente atingido pela guerra".
O anúncio foi feito pelo Patriarcado, no seguimento da mensagem do cardeal Manuel Clemente para a Quaresma, que se iniciou na quarta-feira, na qual o prelado manifesta a "grande proximidade a todos os que sofrem os efeitos da guerra e muito especialmente na Ucrânia".
"A nossa proximidade traduz-se na disposição para socorrer e acolher quanto e como for preciso", adiantou o cardeal patriarca de Lisboa.
Para o prelado, "querer com Deus significa acolher a sua paternidade, solícita do bem de todos os filhos e geradora da nossa fraternidade, começando pelos que mais a requeiram".
O cardeal sublinha, por outro lado, "que todos os conflitos nascem da autoimposição, tanto pessoal como mais alargada. Alega-se um bem que redunda em mal, quando confiscado em proveito próprio".
"São tempos difíceis, os desta Quaresma. Com a pandemia ainda por extinguir, com a guerra na Ucrânia que urge terminar, com a Igreja a renovar, com tanta pobreza a pedir resposta", lamenta Manuel Clemente na sua mensagem, apelando, também, à oração e ao jejum nestes 40 dias até à Páscoa.
O Patriarcado informou que, além da Cáritas, também a diocese de Palai, na Índia, será contemplada com parte da renúncia quaresmal deste ano, para apoio ao seu hospital. Em 2021, a renúncia quaresmal no Patriarcado de Lisboa juntou mais de 117 mil euros, que foram destinados à Cáritas Diocesana para "responder a necessidades geradas pela pandemia" de covid-19.