A Guerra País

Patriarcado de Lisboa destina parte da renúncia quaresmal às vítimas da guerra

Uma das igrejas de Lisboa também tem servido de local para recolha de ajuda.   Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA
Uma das igrejas de Lisboa também tem servido de local para recolha de ajuda.   Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA

O Patriarcado de Lisboa vai destinar parte da renúncia quaresmal dos seus fiéis para a Cáritas Diocesana, com vista a "apoiar as necessidades do povo ucraniano, duramente atingido pela guerra".

O anúncio foi feito pelo Patriarcado, no seguimento da mensagem do cardeal Manuel Clemente para a Quaresma, que se iniciou na quarta-feira, na qual o prelado manifesta a "grande proximidade a todos os que sofrem os efeitos da guerra e muito especialmente na Ucrânia".

"A nossa proximidade traduz-se na disposição para socorrer e acolher quanto e como for preciso", adiantou o cardeal patriarca de Lisboa.

Para o prelado, "querer com Deus significa acolher a sua paternidade, solícita do bem de todos os filhos e geradora da nossa fraternidade, começando pelos que mais a requeiram".

O cardeal sublinha, por outro lado, "que todos os conflitos nascem da autoimposição, tanto pessoal como mais alargada. Alega-se um bem que redunda em mal, quando confiscado em proveito próprio".

"São tempos difíceis, os desta Quaresma. Com a pandemia ainda por extinguir, com a guerra na Ucrânia que urge terminar, com a Igreja a renovar, com tanta pobreza a pedir resposta", lamenta Manuel Clemente na sua mensagem, apelando, também, à oração e ao jejum nestes 40 dias até à Páscoa.

O Patriarcado informou que, além da Cáritas, também a diocese de Palai, na Índia, será contemplada com parte da renúncia quaresmal deste ano, para apoio ao seu hospital. Em 2021, a renúncia quaresmal no Patriarcado de Lisboa juntou mais de 117 mil euros, que foram destinados à Cáritas Diocesana para "responder a necessidades geradas pela pandemia" de covid-19.