A Guerra Mundo

Presidência russa promete questionar exército sobre ataque a hospital pediátrico

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A Presidência russa prometeu hoje questionar as chefias militares sobre o bombardeamento de um hospital pediátrico na cidade ucraniana de Mariupol, que provocou pelo menos três mortos, incluindo uma criança.

"Iremos necessariamente perguntar aos nossos militares, porque nós, como vós, não temos informações claras sobre o que aconteceu e, 'a priori', os militares dar-nos-ão informações", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa, citado pela agência francesa AFP.

Desde que iniciou a guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia tem sempre desmentido que esteja a atacar infraestruturas civis e acusa as forças ucranianas de as utilizarem como escudos humanos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse ter confirmado 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou há duas semanas.

As autoridades ucranianas denunciaram o bombardeamento de um edifício que abrigava uma maternidade e um hospital pediátrico em Mariupol, porto estratégico no Mar de Azov (sudeste).

O município de Mariupol anunciou hoje que "três pessoas morreram, incluindo uma menina", no ataque russo.

Numa informação anterior, divulgada na quarta-feira, as autoridades tinham dado conta de 17 feridos.

Num comunicado separado, o município de Mariupol disse que uma quarta pessoa foi igualmente atingida num ataque na manhã de hoje.

"As tropas russas estão a destruir deliberada e implacavelmente a população civil de Mariupol", disse o município, numa mensagem divulgada na rede social Telegram.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou o ataque um "crime de guerra".

A invasão da Ucrânia, iniciada há duas semanas, provocou um número por determinar de mortos e feridos, bem como a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos.