Madeira

PTP acusa Câmara de São Vicente de querer substituir "lixeira por outra lixeira" em zona residencial

PTP recorda que o Parque Empresarial tem espaço para este tipo de actividades, onde há pouco tempo foi descoberta uma descarga de amianto enterrada.   Foto Helder Santos/Aspress
PTP recorda que o Parque Empresarial tem espaço para este tipo de actividades, onde há pouco tempo foi descoberta uma descarga de amianto enterrada.   Foto Helder Santos/Aspress

O Partido Trabalhista Português (PTP) reage hoje à notícia de ontem, "onde o executivo da Câmara de São Vicente anuncia um investimento de 1 milhão de euros para construir um armazém com oficinas de serralharia e de mecânica automóvel paredes meias com habitação", manifestando "estar contra este atentado ao Plano Director Municipal e ordenamento do território", escreve uma nota assinada pelo presidente do PTP-Madeira, Quintino Costa.

"Não é de todo aceitável que se tente resolver um problema criando um muito maior e gastando 1 milhão de euros", refuta. "A zona em questão é mais apropriada para a construção de um lar de idosos que tanta falta faz ao concelho de São Vicente ou habitação social a custos controlados por ser uma zona segura e de fácil construção".

Quintino Costa vai mais longe e diz que "é irresponsável e uma autêntica falta de respeito pelos residentes do Sítio das Ginjas construir-se ao lado de moradias um monstro de maus cheiros e ruído permanente, quando a menos de 1 quilómetro está o Parque Empresarial de São Vicente, às moscas e destinado para este tipo de pavilhões e actividade industrial ruidosa como a separação de lixos, entrada e saída de camiões, suas reparações e lavagens", exemplifica.

Os trabalhistas acusam, assim, José António Garcês de incompetência e irresponsabilidade. "Mais uma vez o Sr. Presidente da Câmara de São Vicente, pela sua incompetência falha nas suas responsabilidades e em dar o exemplo a toda a população, pois instalar actividade industrial ruidosa em zona residencial é desrespeitar os moradores quando foi gasto milhões para fazer um parque empresarial que está às moscas e cuja área circundante até serviu para enterrar amianto".

Mais "apontamos a insistência em conspurcar com aval do Governo Regional e demais autoridades, uma área de importante relevância patrimonial biológica, que faz parte da Floresta Endémica da Madeira e Património Mundial", aponta ainda. "Exigimos que, em nome dos melhores interesses da população e da preservação do património natural único, que sejam repensados os investimentos em São Vicente, não podemos cair nos mesmos erros e moldes do passado, onde se ergueram elefantes brancos sem qualquer tipo utilidade para a população, destruindo património imemorial", conclui.