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Colômbia diz que falta de democracia na Venezuela ameaça segurança

A Colômbia foi um dos países para onde migraram milhares de venezuelanos nos últimos anos.   Foto Daniel Andres Garzon/Shutterstock.com
A Colômbia foi um dos países para onde migraram milhares de venezuelanos nos últimos anos.   Foto Daniel Andres Garzon/Shutterstock.com

O Governo colombiano defendeu hoje que a falta de democracia na Venezuela é uma ameaça à segurança e estabilidade do país, pedindo à União Europeia (UE) cooperação e firmeza.

"A falta de democracia na Venezuela é uma ameaça à segurança da Colômbia e à estabilidade de toda a região", afirmou a vice-presidente da Colômbia, Lucía Ramírez, numa conferência de imprensa, no Ministério das Relações Exteriores.

Neste sentido, Ramírez pediu "cooperação, eficácia e grande firmeza" à UE.

Presente na mesma conferência, que decorria no âmbito do VII diálogo político de alto nível Colômbia-União Europeia, o diretor-geral adjunto para as Américas do Serviço Europeu de Ação Externa, Javier Niño, disse que em cima da mesa estarão questões ao nível político internacional, como as tensões entre a Rússia e a Ucrânia e também na Venezuela.

"Queremos expressar o nosso apoio à Venezuela e o desejo claro e verdadeiro da União Europeia [...] de que a democracia regresse à Venezuela o mais rápido possível", acrescentou.

A Venezuela rompeu relações com a Colômbia em fevereiro de 2019, após o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó ter tentado entrar em Cúcuta, provocando distúrbios na fronteira.

Javier Niño notou que o Presidente colombiano, Iván Duque, estará na Europa nos próximos dias e que ouvirá as mensagens de apoio das autoridades.

Iván Duque vai percorrer, entre quarta-feira e 17 de fevereiro, o Luxemburgo, França, Bélgica e Países Baixos, com uma agenda focada na recuperação económica, comércio, investimento, ambiente, vacinas e migrantes.

O Presidente colombiano terá encontros com autoridades nacionais e internacionais, como a UE, OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), Parlamento Europeu e Europol.