A Guerra Madeira

Governo Regional sem previsão de quando o repatriamento dos turistas russos possa ocorrer

Eduardo Jesus admite não conseguir estimar quando é que o problema estará resolvido

foto arquivo
foto arquivo, Foto Helder Santos/ASPRESS

Não há ainda estimativa de quando poderão ser repatriados os 220 turistas russos retidos na Madeira. Ao contrário do que era a expectativa do Governo Regional, esta segunda-feira não trouxe nada de novo em concreto sobre o tipo de operação necessária para fazer regressar a Moscovo os turistas que viram este domingo o voo ser cancelado devido às restrições do espaço aéreo na maioria dos países europeus a voos de e para a Rússia.

Esta tarde Eduardo Jesus´, secretário regional do Turismo e Cultura voltou a lembrar que “o Governo Regional se prontificou a ajudar estas pessoas na expectativa das mesmas poderem voltar às suas casas com a brevidade possível”. Recordou que “ontem havia essa possibilidade, essa expectativa”, que por não se ter concretizado levou o executivo regional a criar “condições para que as pessoas ficassem bem a aguardar uma nova solução, solução essa que depende muito para além da intervenção do Governo Regional, porque está aqui envolvido um operador turístico que os trouxe à Região e que por isso tem responsabilidade no seu regresso ao país de origem” mas também a Embaixada da Rússia em Lisboa “que representa os interesses desses mesmos cidadãos, portanto, há aqui um conjunto de entidades muito primeiro que o Governo Regional da Madeira, que tem essa função primordial de defender os interesses desses cidadãos”, sublinhou.

Assegura que a intervenção do Governo Regional é a de “minimizar o impacto de eles (turistas) estarem a ser envolvidos numa situação como esta. Por isso o que nós preconizamos e do trabalho que fizemos durante o dia é que surja uma solução, uma delas é a possibilidade de haver um voo para da Madeira para um território onde o espaço aéreo ainda não esteja fechado aos voos da Rússia e que a partir daí com um outro voo os possa levar até a Rússia”. Mas também esclarece que “não está na mão do Governo Regional essa solução, nem está na mão do Governo Regional definir um prazo para que a mesma aconteça”.

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Andreia Dias Ferro , 28 Fevereiro 2022 - 12:50

Perante a indefinição que persiste, assegura que o Governo Regional continua envolvido a querer encontrar essa saída, “mas não somos responsáveis por ela, como é obvio. Por isso não se consegue estimar quando é que o problema está resolvido”, admitiu.