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Bolsonaro reaparece após mais de um mês e elogia Forças Armadas

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O Presidente brasileiro em exercício, Jair Bolsonaro, reapareceu hoje após um mês de silêncio e afirmou que "quem decide para onde vão as Forças Armadas" é o povo.

"Hoje, estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada. Quem decide o meu futuro são vocês, quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês, quem decide para onde vai a Câmara e o Senado são vocês", afirmou Bolsonaro a centenas de apoiantes na sua residência oficial em Brasília, pouco tempo depois da eliminação da seleção brasileira no Mundial de Futebol.

O presidente, que deixará o poder a 01 de Janeiro depois de perder as eleições de Outubro, também não felicitou Lula nesta ocasião, nem reconheceu abertamente a sua derrota nas urnas.

Assumiu a responsabilidade por "erros" que não especificou, e pediu aos seus apoiantes para não o criticarem "sem saberem tudo o que está acontecendo".

"Não é fácil confrontar todo o sistema. A missão não é criticar, é unir e muitas vezes há informação que não é correta", disse, sem precisar.

O capitão reformado do exército também aproveitou a oportunidade para elogiar o papel das forças armadas, "o último obstáculo para o socialismo" e o "grande responsável pela liberdade", disse.

Também disse estar do "lado da verdade, honestidade, respeito pela família e liberdade de expressão e religião".

Lamentou ainda que "o Brasil estava pronto para dar um salto", mas que "ninguém esperava" a vitória de Lula "em condições normais" e celebrou o facto de milhares dos seus apoiantes terem saído às ruas nos dias que se seguiram às eleições para exigir a sua permanência.

Muitos destes protestos tiveram em frente aos quartéis do exército, onde os manifestantes apelam a uma intervenção  militar contra Lula.

"Nada se perde. Devo lealdade a si. Eu dou a minha vida pelo meu país (...) Podemos mudar o futuro da nossa nação", disse Bolsonaro, que não falava em público desde 02 de novembro, três dias após a segunda volta das eleições.

"Vamos acreditar, vamos nos unir, vamos procurar alternativas e deixar que todos vejam o que podem fazer pelo nosso país", disse.