Desporto

João Henriques já não é treinador do Marítimo

Ainda falta o anuncio oficial, mas já não vai orientar o treino de sábado

None

João Henriques já não é treinador do Marítimo. Pese embora a SAD maritimista não tenha feito essa confirmação oficial da rescisão do contrato com o seu treinador, de 50 anos, sabe o DIÁRIO que João Henriques já não vai orientar o treino deste sábado, no recomeço dos trabalhos do plantel verde-rubro, após a derrota em Faro, que determinou o afastamento dos verde-rubros da Taça da Liga.

João Henriques chegou para o Marítimo para o lugar de Vasco Seabra, que tinha somado cinco derrotas nas cinco primeiras jornadas. Foi o primeiro acto da nova SAD liderada por Rui Fontes, coincidindo com a destituição do anterior conselho de administração da sociedade desportiva. A ‘chicotada psicológica” não funcionou, pois os verde-rubros continuaram a perder (derrota com o Gil Vicente, goleada na Luz e nova derrota caseira com o Casa Pia). O primeiro ponto do Marítimo na presente edição da I Liga surgiu ao quarto jogo de João Henriques, no Bessa, a que se seguiu um período de mais três jogos a pontuar, incluindo a única vitória registada na temporada em todas as competições, alcançada em Paços de Ferreira.

Pelo meio já tinha ficado o afastamento da Taça de Portugal às mãos do Mafra, da II Liga, e, quando se pensava que, com a paragem no campeonato português, pudesse João Henriques desenvolver um trabalho que levasse à melhoria global da produção da equipa, na Taça da Liga, entre o testar jogadores com menos minutos de utilização e alterar a estratégia do 3x5x2 com que vinha jogando, para um clássico 4x3x3, viu-se uma equipa sem alma, com jogadores descrentes, alguns em baixo rendimento de produção, a par da falta de qualidade já patente do ano anterior em alguns sectores.

Com um discurso redutor e pouco assertivo, João Henriques viu a massa associativa afastar-se das suas ideias, para mais quando em 11 jogos em todas as competições, a equipa apenas logrou vencer uma vez, empatando em 3 ocasiões e sofrendo 7 derrotas (que valeram também o afastamento da Taça de Portugal e agora da Taça da Liga), com uma parca produção ofensiva (apenas 7 golos marcados) e uma defesa permeável (19 golos sofridos).

Agora o Marítimo trabalha no sucessor de João Henriques que, ao que apuramos, será Ricardo Soares.