A Assembleia Municipal de Santa Cruz aprovou, hoje, dia 12 de Dezembro, o Orçamento para 2023, apenas com o voto dos eleitos pelo JPP.

O presidente Filipe Sousa, citado em nota de imprensa, salienta que "este é o maior orçamento real que Santa Cruz já teve na sua história financeira", tendo como eixos fundamentais: a sustentabilidade ambiental, a coesão social e territorial e a promoção da Marca Santa Cruz.

O autarca desvaloriza as criticas da oposição, considerando que estas não passam de "minudências, como linhas azuis e meia dúzia de estacionamentos" e contrapõe lembrando a "gestão danosa que o PSD fez em Santa Cruz e que continua a fazer em toda a Região Autónoma da Madeira".

"Enquanto o Orçamento em Santa Cruz aposta na área social, criando dois novos programas como o apoio ao pagamento de prestações com a habitação e o pagamento das creches, o Governo Regional continua a sustentar as Sociedades de Desenvolvimento que criou e onde abriga gestores pagos a peso de ouro", critica Filipe Sousa.

O autarca vai mais longe e classifica de "imoral" o 'chumbo' do Orçamento Municipal por parte da oposição.

Filipe Sousa diz ainda que o presente orçamento será executado num ano que exigirá "responsabilidade e empenho", por forma a não comprometer "a dinâmica de investimento" que tem sido implementada no município.

"Não esquecermos que 2023 será um ano difícil para muitos, com a subida da inflação, dos preços, das prestações bancárias e com todos os problemas sociais a ela associados, nomeadamente com a quebra do poder de compra das famílias e com o rombo nos já parcos e contados orçamentos familiares”, acrescenta o presidente da câmara.

Refira-se que o orçamento hoje aprovado tem o valor de 28,1 milhões de euros, mas atingirá o valor global final de 38 milhões de euros, quando em Janeiro for acrescentado o saldo de gerência, as transferências do Orçamento de Estado e o empréstimo que a autarquia pretende contrair para investimento.

Filipe Sousa sublinha que "o desafogo financeiro que está vertido neste orçamento resulta da gestão rigorosa iniciada em 2014".

A nota remetida à imprensa recorda que as principais apostas em termos de investimento serão: "a requalificação urbana, na qual se destaca a reabilitação da Praça em frente ao Caniço Shopping, no valor de dois milhões de euros, e a requalificação da Praia das Palmeiras, num investimento de dois milhões".

"Paralelamente, a autarquia vai continuar a investir na rede vária e no ambiente, nomeadamente no combate às perdas de água, com valores superiores a dois milhões de euros. Previsto está também o reforço das transferências de capital para as juntas de freguesia", complementa.

“A par de importantes investimentos que queremos continuar a privilegiar, na eficiência energética, no combate às perdas de água, no saneamento, no ambiente e na reabilitação de áreas urbanas com o objectivo de tornar as nossas cidades e vilas cada vez mais atractivas, vamos voltar, porque a realidade assim o exige, a apostar nos apoios sociais, reforçando-os e alargando o seu âmbito de intervenção”, reforça.

A par com os apoios já existentes, como as bolsas de estudo, o fundo de emergência social, os apoios na saúde, o executivo JPP pretende ainda criar um apoio ao pagamento das creches e outo ao pagamento de rendas e prestações ao banco no âmbito da habitação.