Madeira

Pedro Calado defende maior rigor no apoio a quem “efectivamente” mais precisa

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Foto André Ferreira

Na abertura do Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, que decorreu esta noite, na Igreja do Colégio, o presidente da Câmara Municipal do Funchal deixou à reflexão a forma como são canalizados os apoios.

Que tipo de ajuda é que nós queremos dar às pessoas? Queremos continuar a ter uma sociedade assistencialista, uma sociedade subsidiodependência, ou uma sociedade em que nós vamos dar condições às pessoas para produzirem mais e melhor.
Pedro Calado

Pedro Calado adverte que num país que tem cada vez mais limitações e dificuldades, é necessário canalizar os apoios a quem efectivamente mais precisa e alargar esses apoios a mais pessoas. Partilhou algumas estatísticas para ajudar a fazer uma “correcta” reflexão sobre que “caminho estamos a construir e que bases é que estamos a criar para a sustentabilidade da nossa sociedade”.

Estamos numa sociedade envelhecida, numa sociedade cuja população ativa não é suficiente, para trabalhar e aguentar a polução mais idosa. Há que ter a coragem de uma vez por todas para reformular todo o sistema do país. Enquanto não tivermos capacidade de atrair jovens para trabalhar, com menos horas, com melhores condições, nós não temos a capacidade de chamar jovens para serem pais e mães e construir uma sociedade justa, plena de direitos e de igualdades, mas sobretudo equilibrada. Pedro Calado

O autarca referiu que quem está na Cáritas e tem a função de ajudar não tem uma função mais leve do que aqueles que tem funções públicas e que todos os dias são chamados a acudir a um sem-número de pedidos de apoio.  Citou "mais importante do que dar o peixe é ensinar a pescar”, sublinhando que isto “obriga-nos a dar condições às pessoas para produzirem mais e melhor, e sermos mais justos com quem realmente precisa.

A sociedade vai evoluindo, nós vamos tendo melhores condições, algum dinamismo económico, comercial, social, mais liberdade, mais democracia, toda a gente a fazer mais e melhor, e depois no final parece que existe cada vez mais dependência, cada vez mais necessidade, cada vez mais ajuda. Há que refletir e pensar onde e como é que chegamos até aqui e que caminho é que nós queremos fazer daqui para a frente. Pedro Calado