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"Tragédia na Polónia não teria acontecido" sem ataques russos

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A embaixadora norte-americana junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse hoje que a "tragédia" na Polónia, atingida na terça-feira por um míssil de fabrico russo, "nunca teria acontecido" sem os bombardeamentos russos contra infraestruturas civis ucranianas.

Numa reunião do Conselho de Segurança sobre a situação na Ucrânia, a diplomata dos Estados Unidos começou por destacar "a trágica explosão que matou duas pessoas na Polónia", perto da fronteira ucraniana, oferecendo apoio e assistência à investigação, "para determinar exatamente o que aconteceu".

"Temos total confiança na investigação do governo polaco e apreciamos a resposta calma, cuidadosa e comedida", disse.

A Polónia convocou uma reunião de emergência com os seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) depois de ter anunciado que um "projétil de fabrico russo" tinha caído na terça-feira na localidade de Przewodow, que faz fronteira com a Ucrânia.

Pouco depois do incidente se ter tornado conhecido, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a explosão na Polónia tinha sido causada por um míssil russo.

Por outro lado, o Ministério da Defesa russo negou que o míssil tenha sido disparado pelas suas forças, que bombardearam infraestruturas de energia por toda a Ucrânia na terça-feira.

Peranto o Conselho de Segurança, Thomas-Greenfield frisou que embora ainda não sejam conhecidos todos os factos, é certo que "esta tragédia nunca teria acontecido se não fosse a invasão desnecessária da Ucrânia pela Rússia e os seus recentes ataques com mísseis contra as infraestruturas civis da Ucrânia".

A diplomata destacou que, de acordo com a Carta da ONU, a Ucrânia tem todo o direito de se defender dos ataques russos, assim como defender a sua soberania e integridade territorial.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.

Já o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, declarou que a explosão que matou duas pessoas na Polónia "foi provavelmente causada" por um míssil ucraniano, mas ressalvou que "não é culpa da Ucrânia" e que "está em curso uma investigação sobre este incidente", não havendo "qualquer indicação de que este tenha sido o resultado de um ataque deliberado".