Madeira

Kiko diz que é preciso “deixar os jovens saírem da sua bolha e verem o mundo”

FOTO MIGUEL RODRIGUES/ASPRESS
FOTO MIGUEL RODRIGUES/ASPRESS

O médico Francisco Dionísio, mais conhecido por Kiko, explicou, esta tarde, na TEDxFunchal 2022, que os “jovens procuram um horizonte, um sentido para as suas vidas, encontrar o seu lugar no mundo” e que “é no sonho” que encontram esse sentido, o que “implica partir e quebrar as amarras que os impedem de sonhar”, sendo que algumas amarras são impostas pela família e pela sociedade.

“É necessário trabalharmos para que os jovens tenham oportunidades de ver mais alto e mais além. Saírem do seu mundo, da sua bolhinha e ver o mundo na sua verdadeira dimensão. Este mundo que é um laboratório onde se experiencia. Os jovens têm hoje uma panóplia de oportunidades de experienciar – no voluntariado, no associativismo, na política, nos estudos, no trabalho. Têm a oportunidade de se colocarem nos sapatos dos outros e olharem além dos seus limites”, afirmou o orador.

O que precisam os jovens para realizar os seus projectos de vida? Kiko citou o Papa Francisco e disse que “é preciso os deixemos serem jovens, que se possam conhecer a si próprios, que tenham oportunidades de conhecer a sua missão, a sua paixão, aquilo que os move”. “Que possam conhecer aquele 1% de si que pode fazer a diferença no mundo e pode contribuir para a construção de novos mundos. Descubram as suas capacidades e as possam utilizar no sentido do bem”, acrescentou.

Antigo escutista, Kiko também citou o fundador deste movimento, Robert Baden-Powell que defendia que temos que perguntar aos jovens e tentar compreendê-los. “Temos que perder o medo de dividir o poder com os jovens. Não um poder fictício mas um poder real. A pior coisa do que não envolver os jovens é fingir que estamos a envolver”, concluiu.