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Von der Leyen defende apoio específico e atempado para pessoas com dislexia

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu hoje um apoio "específico e atempado" às pessoas com dislexia para que possam normalizar a sua situação e evitar a estigmatização.

No Dia Internacional da Dislexia, Von der Leyen, numa mensagem em formato vídeo, afirmou que "todos temos colegas, amigos ou parentes com dislexia, pessoas inteligentes e talentosas, mas que muitas vezes são estigmatizadas e sentem vergonha, simplesmente porque têm uma forma diferente de aprender".

A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem caracterizada pela dificuldade na escrita, na fala e no soletrar.

Segundo a European Dyslexia Association [Associação Europeia de Dislexia], cerca de 12% da população mundial sofre desta doença, o que significa uma em cada oito pessoas, recordou.

Von der Leyen lamentou que, por muito tempo, se tenha negligenciado "o poder do pensamento dislexico", algo que se "deve mudar" através da educação e da pesquisa.

Para apoiar as pessoas com dislexia, a presidente da Comissão Europeia lembrou que a União Europeia (UE) adotou os chamados "caminhos para o sucesso escolar" para tornar as salas de aula mais inclusivas.

Além disso, alertou para a importância do "apoio específico e atempado" para a deteção precoce da dislexia.

"Graças ao nosso programa Horizon Europe[Horizonte Europa] estamos a financiar projetos como o `Change Dyslexia´ [Alterar a Dislexia] que possibilita o diagnóstico precoce e o expande", explicou.

Além disso, salientou que o programa europeu Erasmus Plus ajudou a desenvolver o primeiro curso europeu sobre distúrbios de aprendizagem.

"A dislexia é um obstáculo que podemos ultrapassar juntos enquanto sociedade", concluiu, lembrando que há apenas duas semanas a Comissão Europeia registou uma iniciativa de cidadania europeia sobre dificuldades de aprendizagem específicas, incluindo a dislexia.

"Continuaremos com uma resposta europeia para garantir que o acesso à educação e o sucesso na vida sejam um direito de todos", concluiu.