Desporto

Juventude Leonina acusa direcção do Sporting de não defender os sócios

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A Juventude Leonina acusou a direção do Sporting de não defender os sócios na sequência da carga policial, que não poupou "mulheres, crianças e pessoas de mobilidade reduzida", no jogo com o Casa Pia, da I Liga de futebol.

"Esta Direção do Sporting, que em nada defende os seus sócios, fez um comunicado no qual não pedem o apuramento de responsabilidades na carga policial a mulheres, crianças e pessoas de mobilidade reduzida a que se assistiu na bancada. Ou será que esta Direção usa sempre a JL [Juventude Leonina] para desviar o foco dos maus momentos?", referiu a Juventude Leonina, num comunicado divulgado nas redes sociais, após o clube ter anunciado hoje um 'corte' de relações com a claque.

Para a Juventude Leonina, no sábado, assistiu-se a uma "desmedida carga policial (que só acontece em Alvalade, sabe-se lá porquê) no setor A14, que incidiu sobre os sócios do Sporting de uma forma abrupta e incoerente".

"Se o foco [da carga policial] era a suposta pirotecnia, informamos que existem excelentes câmaras de vigilância que permitem detetar de imediato as infrações, mas como duas horas antes do jogo, na sede da Juventude Leonina, já tínhamos tido uma fiscalização da ASAE, da Polícia Municipal e do Corpo de Intervenção, a carga policial foi o finalizar de uma alegada estratégia", acrescenta a nota.

A claque 'leonina' recua um pouco no tempo para esclarecer os sócios que, numa tentativa de restabelecer a ligação com a direção presidida por Frederico Varandas, aceitou assinar um protocolo, após o qual enviou para o clube os dados necessários para serem reenviados à Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência (APVCD) e ficar novamente reposta a legalização do Grupo de Adeptos Organizados (GOA).

"Foi um processo burocrático e demorado, que entre retificações e revisões do mesmo, nunca tinha fim. Enviámos constantemente 'e-mails' para a Direção, os quais fomos sempre ignorados. Enviámos também para o oficial de ligação aos adeptos (OLA), o qual nunca sabia responder sobre a questão ou sobre qualquer outra que precisávamos ver esclarecida. Desde o final de agosto que esta Direção se remeteu, como é apanágio nestes anos, ao silêncio e a ignorar os seus sócios e GOA", remata o comunicado.

O Sporting repudiou hoje, em comunicado, a violência ocorrida no sábado no Estádio José Alvalade, durante o jogo da I Liga de futebol com o Casa Pia, e anunciou o 'corte' com a claque Juventude Leonina.

"O Sporting Clube de Portugal lamenta e repudia os episódios de violência ocorridos ontem [sábado], no Estádio José Alvalade, durante o jogo com o Casa Pia", escreveu o Sporting, sem deixar de agradecer o "apoio de todos os que, como sempre, contribuíram positivamente para conduzir a equipa à vitória".

Face ao sucedido, a uma carga policial sobre os adeptos, que terá começado por culpa do lançamento de fogo-de-artifício, o Sporting informa ainda que "irá colaborar ativamente com as forças de segurança e a APVDC (Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto) para identificação de todos os responsáveis pelas ocorrências" de sábado.

"Em virtude do sucedido, e no seguimento de um acumular de acontecimentos similares, assim como das irregularidades igualmente identificadas pela APVDC, o Sporting dá também por terminadas as tentativas de celebração de protocolo com a Associação Juventude Leonina", finaliza o comunicado dos 'verdes e brancos'.

No sábado, o Sporting venceu em Alvalade o Casa Pia por 3-1, com golos de Paulinho (57 minutos), Nuno Santos (59) e Pedro Gonçalves (65, de grande penalidade), depois de Clayton dar vantagem aos forasteiros, na primeira parte (43).