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Um morto em confrontos na Bolívia em dia de manifestações por antecipação de censo

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Uma pessoa morreu ontem durante confrontos na Bolívia, que aconteceram no primeiro dia de bloqueio e manifestações naquele país da América Latina para exigir a antecipação do censo demográfico previsto para 2024, anunciou o Governo.

"Temos uma primeira vítima da greve em Puerto Quijarro [cidade situada no Departamento de Santa Cruz, perto da fronteira com o Brasil]", afirmou a vice-ministra da Comunicação, Gabriela Alcon, citada pela agência France-Presse, antes de o presidente Luis Arce ter condenado os confrontos no Twitter.

A região de Santa Cruz é o 'motor económico' da Bolívia e a mais populosa. Governada pela oposição, de direita, Santa Cruz esteve hoje paralisada por uma manifestação, convocada para exigir ao Governo do Presidente Arce, de esquerda, que antecipe um ano o censo populacional previsto para 2024.

O censo é usado para recalcular a repartição de lugares no Congresso e de recursos públicos.

Imagens partilhadas nas redes sociais mostram confrontos violentos nas ruas de Puerto Quijarro, com arremesso de pedras, paus e petardos.

O governador de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, acusou o partido no poder de levar para aquela região moradores de outras zonas do país, para engrossar as fileiras dos seus apoiantes.

Santa Cruz acredita estar a ser prejudicada por um censo populacional desatualizado, com mais de 10 anos. O Governo alega não poder antecipar o censo para 2023 e apela a negociações.