Madeira

Porta-voz de manifestação defende controlo governamental de preços na energia e alimentação

Foto Rui Silva/Aspress Ver Galeria
Foto Rui Silva/Aspress

‘Aumento dos salários e pensões é uma emergência nacional’. ‘Contra a exploração a luta é a solução’. ‘Não à precariedade, sim à estabilidade’. ‘O custo de vida aumenta, o povo não aguenta’. ‘CGTP unidade sindical’. ‘Paz sim, guerra não’. ‘35 horas para todos sem demoras’. Estas foram algumas das palavras de ordem entoadas por cerca de uma centena de pessoas que participaram, esta manhã, numa manifestação que percorreu as ruas do Funchal e terminou à porta do parlamento regional. A iniciativa foi promovida pela União dos Sindicatos da Madeira (USAM) e representou o culminar de um mês de luta convocada pela CGTP. Além de diversos dirigentes sindicais, notaram-se as presenças dos líderes regionais do PCP e do BE, Edgar Silva e Dina Letra, respectivamente, bem como do deputado comunista Ricardo Lume.

A principal reivindicação foi o aumento de salários e pensões, medida que consideram ganhar maior urgência devido ao “brutal aumento dos produtos de primeira necessidade e aumento dos juros, que já estão a ter impacto na vida das famílias”. "Estamos a sofrer com o aumento do custo de vida e com a desvalorização salarial que temos vindo a sentir ao longo destes anos, naturalmente com mais expressão desde o ano passado, com a pressão inflacionista, bloqueio à contratação colectiva e aumentos salariais que estão longe das expectativas dos trabalhadores”, descreveu o coordenador sindical Alexandre Fernandes.

O porta-voz sindical defendeu que os governos devem “controlar os preços na energia e na distribuição dos alimentos”, porque “estes sectores têm apresentado lucros escandalosos”. Entende que “as empresas privadas têm que ter lucros, mas não desta forma”. A este respeito, considera que “o Governo nacional e o Governo Regional não tomam mais medidas apenas porque não querem ou porque estão dependentes dos interesses económicos”.

No final da manifestação, os cerca de cem participantes aprovaram, por unanimidade, uma moção reivindicativa que será entregue segunda-feira na Assembleia Legislativa da Madeira e ao representante da República.