Os delírios do PAN

É por demais sabido que o PAN e os seus adeptos, estão imbuídos de uma inexplicável aversão/repulsa ao mundo rural. Aliás, um dos princípios dogmáticos do PAN é a destruição do mundo rural. Depois, muitas vezes sem sentido algum, opinam sobre assuntos que absolutamente desconhecem.

Vem isto a propósito das recentes declarações vindas a público, por ocasião destes dias de agitação marítima, “que o gado embarcado (bovinos), deveria circular livremente pelo convés do navio pelo seu próprio passo”. Diziam também que os animais tinham carência de água e de arraçoamento. Desconhecem em absoluto que nos navios há sempre água potável à descrição, e por norma que quando se embarcam animais, o pessoal rural que com eles lida, sabe muito bem que faz sempre embarcar pelo menos cerca de um terço a mais do normal consumo do alimento previsto a ser consumido durante a viagem.

Admirei-me de não terem também dito, que os navios deveriam estar equipados com verdes prados, e naturalmente, com solários. Estas posições patéticas assumidas por gente urbana, que vive no seu mundo repleto de utopias, vão descambar qualquer dia em posições ainda mais extremistas e anedóticas, como por exemplo: vão pugnar de forma raivosa, como lhes é habitual, “para que os animais sejam transportados por meios aéreos”, já agora é claro, em classe executiva adaptada!...

Seriam muito mais úteis à sociedade e ao País, se deixassem trabalhar quem bem trabalha, em vez de andarem a pedir explicações absurdas às entidades oficiais. Bem sei que têm de justificar a sua existência, mas no que a mim diz respeito, só lamento que os meus impostos sirvam para pagar a esta gente!...

No entanto, não se privam de comer um bom bitoque à portuguesa com ovo a cavalo, tudo produzido no mundo rural, que tanto detestam. Mas, é o mundo rural que alimenta esta gente…qual paradoxo!...

Conheço alguns, se calhar muitos (salvo humanitárias excepções), que não se coíbem de despachar os pais para um asilo (uma hedionda forma de verdadeira violência doméstica legalizada), porque incomodam e ocupam a casa, e apressam-se a ocupar o espaço deixado vago, pelos seus “animaizinhos de companhia” que entretanto mutilaram (castrados, esterilizados, e com unhas arrancadas para não estragar os sofás).

O sábio provérbio popular português diz “Quem cala, consente”. Não poderia calar-me!

Henrique Costa Neves