Desporto

“Não vou trabalhar mais com pessoas que desrespeitem institucionalmente a autarquia do Funchal"

Foto André
Ferreira/CMF
Foto André Ferreira/CMF

Referindo-se à maratona do Funchal, que decorreu este domingo, o presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) lamentou que a autarquia tenha tomado conhecimento tardio da realização do evento, que, ao contrário do que afirmou o presidente da Associação de Atletismo da Madeira, Policarpo Gouveia, inevitavelmente, acabou por “perturbar a vida diária na cidade”.

O autarca voltou a garantir que no momento de organizar eventos desportivos no Funchal irá sempre procurar “compatibilizar os interesses e a vida normal da população com os objectivos dessas mesmas iniciativas”.

Ainda assim, referiu que a CMF tudo fez para que a iniciativa decorresse, conforme o previsto, acabando por ser um “evento positivo” e “com muita adesão”, assegurando que esta prova “tem todo o lugar na cidade do Funchal”, esperando que a sua realização seja melhorada no próximo ano.

“Promovemos e apoiamos muito o desporto. Prova disso é que, apesar de todas as dificuldades, da grande de falta de diálogo que houve com a autarquia do Funchal relativamente à realização desse evento e de alguma desconsideração que houve perante a instituição, permitimos que a prova se realizasse e demos todo o apoio logístico e financeiro”, salientou Pedro Calado, em declarações à margem da entrega de prémios do concurso ‘Reutilizar no Natal’.

O autarca disse não aceitar que venham publicamente dizer que ninguém foi retido, nem prejudicado pelas estradas encerradas todas estas horas. “ Isso não corresponde à verdade”, referiu, vincando que quem o disse deve ter andando “distraído”.

“Foram centenas de pessoas que ficaram privadas de sair de casa e de fazer a sua vida diária, porque estava a acontecer o evento, que foi planeado daquela forma, naqueles horários”, lamentou, reiterando que no futuro é necessário ter em conta os interesses da população na organização destas provas.

Nesse sentido, pediu que seja privilegiado o trabalho em conjunto entre a autarquia funchalense e as associações organizadoras de eventos, ressalvando, no entanto, que apenas trabalhará com quem represente “com dignidade as instituições em que estão a trabalhar”.

“Não podemos, nem vou facilitar ou trabalhar mais com pessoas que desrespeitem institucionalmente a autarquia do Funchal. Não vamos ter tempo para dialogar com esse tipo de pessoas”, garantiu.

Considerando que esta prova “tem todo o lugar na cidade do Funchal”, espera que a sua realização seja melhorada no próximo ano.