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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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O Presidente cessante do Irão, Hassan Rohani, entrega hoje o poder ao novo chefe de Estado, o ultraconservador Ebrahim Raissi, num dia em que, na Alemanha e Suécia, se realizam manifestações de opositores ao novo regime.

Raissi tem pela frente a tarefa de chegar a um acordo para o levantamento das sanções norte-americanas que, juntamente com as grandes potências, iniciaram em abril discussões para salvar o acordo nuclear, depois de os Estados Unidos o terem abandonado em 2018, sob a presidência de Donald Trump, e o Irão, em resposta, ter deixado gradualmente de cumprir as suas obrigações a partir de 2019.

Já se realizaram seis séries de negociações, a última das quais terminou a 20 de junho em Viena, entre o Irão e os países ainda signatários do acordo - França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China. Não foi precisada qualquer data para o recomeço das discussões.

O Presidente da República Islâmica tem prerrogativas limitadas, dado o essencial do poder estar nas mãos do líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, o último decisor nomeadamente na questão nuclear.

Para as capitais alemã e sueca estão previstas manifestações de protesto de opositores contra a posse do dirigente ultraconservador, o ex-chefe do aparelho judiciário iraniano que foi eleito à primeira volta (62% dos votos), realizada a 18 de julho.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

Uma nova versão do monólogo "Uma noite na Lua", que o ator e humorista brasileiro Gregório Duvivier celebrizou no início da década, estreia-se no Estúdio Time Out, em Lisboa, com o ator Pedro Hossi.

"Uma noite na Lua" é uma peça do autor brasileiro João Falcão, estreada na década de 1990, que Gregório Duvivier recuperou em 2012. Tem como única personagem um autor em dificuldades, em acabar uma obra.

A adaptação do texto está a cargo de Pedro Hossi e do encenador António Terra, com revisão do escritor José Eduardo Agualusa.

"Uma noite na Lua" fica em cena no Estúdio Time Out, no Mercado da Ribeira, até ao próximo dia 31, de terça a sexta-feira, às 20:00.

LUSOFONIA

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) da pandemia no Senado, que investiga ações e possíveis omissões do Governo brasileiro no combate à covid-19 retoma hoje atividades, após uma pausa de 15 dias, com o depoimento do reverendo ligado à Igreja Batista Amilton Gomes de Paula.

Gomes de Paula terá tido aval do Ministério da Saúde para negociar um alegado lote de vacinas contra a covid-19 da fabricante AstraZeneca, proposto ao país através de uma empresa com sede nos Estados Unidos da América designada Davati Medical Supply.

O Governo brasileiro aplica a vacina da AstraZeneca através de uma parceria direta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o laboratório.

No entanto, o reverendo que está à frente da organização não-governamental Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) teria atuado para facilitar o contacto do Ministério da Saúde com a Davati, que prometia 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca ao país através de representantes locais.

Segundo informações divulgadas pelos 'media' locais, a CPI da pandemia recolheu documentos apontando que o reverendo contava com o apoio de parlamentares da base aliada do Governo liderado pelo Presidente, Jair Bolsonaro, para adquirir vacinas para o Ministério da Saúde e tratava do tema com assessores diretos do chefe de Estado.