O Caniçal ganha sempre nova vida quando chega ao Verão. Além da praia de calhau, há piscinas e muitas esplanadas para aproveitar o bom tempo característico desta época do ano. Quando chove, obriga a recolhimento e a freguesia fica votada ao silêncio caraterístico do Inverno.

A pesca é uma das principais actividades e o varadouro que foi outrora sítio de atracção deixa ver algumas embarcações votadas ao abandono.

Ao abandono está também o local onde, até há pouco tempo, funcionou o balcão do Santander no Caniçal. A população reclama pela reabertura do espaço e afirma que apenas pensaram na redução dos funcionários e não no constrangimento que causa às pessoas. “Desde idosos até pessoal que trabalha na Zona Franca e que recorria a esse local. Agora temos de ir até Machico ou até mesmo a Santana”, afirma um taxista, que preferiu não ser identificado. Também a estação de Correios “faz falta”, mas “não vale a pena queixar-se porque parece que nunca dá em nada”.

Entre os residentes no Caniçal é possível perceber um sentimento de insatisfação perante o flagelo do consumo de droga. Pede-se uma postura de maior seriedade perante a venda e consumo de produtos estupefacientes, por forma a conceder maior segurança à população. Por esse motivo, para afastar os jovens ‘desses caminhos’, pedem um investimento na juventude e na sua valorização.

Por outro lado, a população não esquece uma promessa de há 11 anos. A ligação entre o sítio da Palmeira de Baixo e a antiga igreja. Garantem que iria diminuir algum congestionamento automóvel e servir grande parte da população, criando outra artéria que mais facilmente daria acesso à frente-mar do Caniçal.