País

Portugal aloja sete das 366 fábricas da UE para produção de vacinas

None

Portugal aloja sete das 366 fábricas que, na União Europeia (UE), participam no processo de produção de vacinas anticovid-19, nomeadamente de fabrico e de fornecimento de matérias-primas e outros componentes, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.

A informação consta do mapa interactivo, hoje lançado pelo executivo comunitário, que exibe as capacidades de produção de vacinas contra a covid-19 na UE ao longo de toda a cadeia de abastecimento, passando pelo fornecimento (de matérias-primas, consumíveis, descartáveis e equipamentos), produção (fabrico e formulação), acabamentos, armazenamento e expedição e ainda por outras áreas (como investigação e desenvolvimento e serviços de gestão de ensaios clínicos).

Segundo esta ferramenta de cartografia, que tem por base os dados do grupo de trabalho da Comissão Europeia para a expansão industrial da produção de vacinas anticovid-19 e as informações dados pelos Estados-membros, são 366 os espaços actuais na UE dedicados a esta questão.

E, destes, sete estão alojados em Portugal, entre os quais GenIbet Biopharmaceuticals (uma fábrica de produção em Oeiras e outra de outro tipo em Lisboa), Neutroplast (de fornecimento em Sobral de Monte Agraço), Bluepharma - Indústria Farmacêutica (de fornecimento em Coimbra), IMMUNETHEP (de outro tipo em Cantanhede), Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica (de fornecimento em Mortágua) e Stemmatters, Biotecnologia e Medicina Regenerativa (de fornecimento em Guimarães), de acordo com os dados da Comissão Europeia.

Os dados foram publicados no dia em que a UE atingiu o marco dos 70% dos adultos vacinados com a primeira dose da vacina anticovid-19, estando 57% totalmente inoculados.

Actualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

Além dos atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como também aconteceu com a vacina da norte-americana Johnson & Johnson.

No caso da AstraZeneca, a farmacêutica foi obrigada judicialmente (por um tribunal belga) a cumprir os prazos de entrega de vacinas à UE.

Em Fevereiro deste ano, a Comissão Europeia criou um grupo de trabalho para aumentar a capacidade de produção de vacinas na UE, actuando como um balcão único para os fabricantes que necessitam de apoio e identificação e resolução de eventuais problemas na cadeia de abastecimento.