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Contágios em Espanha sobem para 678 casos por cada 100.000 habitantes

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A incidência acumulada de infetados por covid-19 em Espanha subiu para 678 casos por cada 100.000 habitantes diagnosticados nas últimas duas semanas, tendo sido registados 31.171 novos contágios e 27 mortes nas últimas 24 horas.

Segundo números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde de Espanha, os últimos contágios elevam para 4.280.429 o número total de infetados no país desde o início da pandemia, havendo agora um total de 81.221 óbitos causados pela doença.

A incidência acumulada passou dos 659 casos (quinta-feira) para 678 (hoje) diagnosticados por cada 100.000 habitantes nas últimas duas semanas.

O nível relativo de contágios teve assim uma subida de 19 unidades (15 na quinta-feira e 22 no dia anterior), o que parece indicar que a velocidade de crescimento das infeções está a desacelerar.

As comunidades autónomas espanholas com os níveis mais elevados de transmissão da doença são a Catalunha (1.185), Navarra (984), Castela e Leão (890), Aragão (865), Baleares (785) e Astúrias (658).

A faixa etária entre os 20 a 29 anos continua a ser a que tem a incidência acumulada mais elevada, 1.884 pessoas infetadas por cada 100.000 habitantes, nos últimos 14 dias (1.863 na quinta-feira).

O segundo grupo mais atingido é o dos jovens de idades entre 12 e 19 anos, faixa em que se registam 1.624 casos por cada 100.000 pessoas nos últimos 14 dias (1.587).

Nas últimas 24 horas, deram entrada nos hospitais de todo o país 1335 pessoas com a doença (1.370), havendo 7.955 pessoas hospitalizadas (7.618), o que corresponde a 6,64% das camas, sendo que 1.292 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos (1.240), ocupando 14,10% das camas desses serviços.

De acordo com os dados oficiais divulgados hoje, há 25,4 milhões de pessoas completamente vacinadas contra a covid-19 (53,5% da população total), e 30,5 milhões têm pelo menos uma das doses (64,3%), em cerca de 47,4 milhões de habitantes que tem o país.

A ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, confirmou hoje numa entrevista a uma rádio que "tudo parece indicar" para a necessidade de aplicar uma terceira dose da vacina contra a covid-19, tendo sido, com esse objetivo e com a ajuda da União Europeia, assinados novos contratos com as farmacêuticas Pfizer e Moderna.

A responsável governamental acrescentou que se tem ainda de decidir quando é que essa terceira dose da vacina será administrada.

A comunidades autónomas espanholas têm autonomia em matéria de saúde, o que leva cada uma delas a tomar medidas diversas de luta contra a pandemia.

A maioria delas reforçou esta semana as restrições nos setores ligados ao lazer e nos encontros entre diferentes agregados familiares, e sete delas solicitaram ou já autorizaram um recolher obrigatório noturno.

As Astúrias, Aragão e as Ilhas Canárias solicitaram aos tribunais um recolher obrigatório para limitar a mobilidade noturna da população, medida que é permitida desde hoje em Navarra nos fins de semana e feriados públicos, enquanto permanecerá em vigor esta semana na Cantábria, tendo sido prolongada na Catalunha e na Comunidade Valenciana.

Por outro lado, o recolher obrigatório foi rejeitado pelos tribunais superiores da Extremadura e das Canárias, embora esta última comunidade tenha insistido novamente perante os tribunais, assim como Navarra, que após uma rejeição, na passada terça-feira, obteve a luz verde, esta sexta-feira.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.139.040 mortos em todo o mundo, entre mais de 192,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.264 pessoas e foram registados 947.038 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.