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Mais 1.605 mortos e 45.022 casos nas últimas 24 horas no Brasil

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Mais 1.605 mortos e 45.022 casos nas últimas 24 horas no Brasil

O Brasil registou 1.605 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, assim como 45.022 novos casos de infeção, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro no seu último boletim epidemiológico.

Os números registados nas últimas 24 horas no Brasil fizeram elevar o total para 535.838 óbitos e 19.151.993 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2.

A taxa de incidência da covid-19 no país sul-americano aumentou hoje para 255 mortes e 9.114 casos por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade continua em 2,8%.

No momento, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, é a segunda nação com mais mortes em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos, e a terceira com mais casos positivos, superada pelos norte-americanos e pela Índia.

A nível nacional, São Paulo continua a ser o foco interno da pandemia, concentrando 3.879.846 diagnósticos positivos da doença e 132.845 vítimas mortais.

Num momento em que a vacinação contra a covid-19 tem avançado no país, uma sondagem divulgada hoje pelo Instituto Datafolha mostrou que a adesão aos imunizantes continua a crescer no Brasil e atingiu o nível recorde, chegando a 94% da população.

Entre os inquiridos, 56% disseram já ter se vacinados, e 38% que pretendem fazê-lo. Apenas 5% afirmam que não foram, nem pretendem ser imunizados e 1% responde que não sabe.

O levantamento ouviu, de forma presencial, 2.074 pessoas em 146 cidades do país, nos dias 07 e 08 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais em ambos os sentidos.

Enquanto o Governo brasileiro se encontra a ser investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura alegadas omissões do executivo na pandemia, muitos dos depoentes têm conseguido o direito a ficar em silêncio quando questionados pelos senadores, para não produzirem provas contra si, valendo-se de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Exemplo disso foi a diretora da empresa Precisa Medicamentos -intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech (que produz a vacina Covaxin) - Emanuela Medrades, que hoje se recusou a responder a perguntas da CPI, o que levou à suspensão do depoimento.

Posteriormente, o senador Omar Aziz, presidente da CPI, declarou que a comissão entraria imediatamente com "embargos de declaração" junto ao STF para pedir maiores esclarecimentos sobre os limites da decisão proferida em favor de Emanuela Medrades, que lhe permitiu ficar em silêncio.

Nesse sentido, o presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que cabe à CPI avaliar se um depoente abusa do direito de permanecer em silêncio ao se recusar a responder perguntas para não produzir provas contra si mesmo.

De acordo com o magistrado, é competência da comissão decidir quais providências adotar diante dessa conduta, caso a considere irregular. Assim, na prática, cabe ao presidente da CPI avaliar se deve determinar uma detenção ou pedir abertura de investigação aos órgãos competentes.

"Se assim entender configurada a hipótese, dispõe a CPI de autoridade para a adoção fundamentada das providências legais cabíveis", escreveu Fux na sua decisão.

Na sessão de hoje da CPI, o senador Omar Aziz reclamou ainda que a Polícia Federal tem recolhido o depoimento de testemunhas às vésperas das idas dessas pessoas à comissão. Para o presidente da CPI, essas ações são "estranhas" e "raras".

Por sua vez, a Polícia Federal divulgou um comunicado indicando que atua de forma imparcial e que a apuração sobre as negociações para aquisição da Covaxin "não está atrelada a outras investigações".

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.044.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 187,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.