Eleições Autárquicas Madeira

José Manuel Coelho é aposta do PTP em Santa Cruz

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O Partido Trabalhista Português (PTP) anunciou, esta segunda-feira, 28 de Julho, que escolheu José Manuel Coelho para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Santa Cruz, nas próximas eleições autárquicas.

"Entendeu o PTP, que José Manuel Coelho estando disponível para encabeçar a lista é o quadro indicado para fazer frente ao poder autárquico, ora exercido pelo PSD ora pelo JPP, continua a explorar os munícipes com as elevadas taxas municipais em particular o IMI", refere o PTP em nota remetida à imprensa.

"José Manuel Coelho vai lutar pela sua eleição contribuindo assim para as populações do seu concelho, por um poder local mais democrático e amigo dos munícipes", acrescenta a mesma nota.

O PTP repete assim a candidatura de Coelho no concelho de Santa Cruz, visto que foi cabeça de lista nas autárquicas de 2017.

Nascido em 22 de julho de 1952 na freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz, José Manuel da Mata Coelho foi militante do PCP, autarca e deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, representando o Partido da Nova Democracia (PND) e o PTP, em várias legislaturas, entre 2008 e 2018.

Também foi candidato à Presidência da República nas eleições de 2011, que elegeram Cavaco Silva, e nas quais alcançou 189.901 votos (4.49% do total).

José Manuel Coelho é conhecido por ter protagonizado vários episódios no parlamento madeirense, a maioria dos quais resultaram a interrupções dos trabalhos e no abandono da sala por parte dos deputados da região.

Enquanto deputado, desfraldou uma bandeira nazi para censurar a não comemoração do 25 de Abril na Assembleia da Madeira.

Em outra ocasião apresentou uma bandeira do autoproclamado Estado Islâmico, na sessão solene do Dia da Região (01 de julho de 2016), como forma de protesto por ser arguido em vários processos judiciais e condenado pelos crimes de difamação, que implicaram a penhora dos seus vencimentos.

Esta situação levou-o mesmo a despir-se e a ficar em boxers numa das sessões plenárias, ficando sozinho do hemiciclo discursando com um megafone.

Ainda apareceu nos trabalhos parlamentares com um relógio de cozinha ao pescoço para protestar pela diminuição do tempo de intervenção dos deputados da oposição.

Na sua primeira campanha eleitoral usou como imagem de marca nas iniciativas um carro funerário.

As suas polémicas declarações e críticas aos juízes e outras figuras da Madeira originaram vários processos judiciais, tendo sido condenado a multas, trabalho comunitário, penas de prisão e ao pagamento de milhares de euros em indemnizações.